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Conhecimento cultural

06/11/2018
Nosso jeito de educar
Debates e reflexões sobre a diversidade indígena são abordados em sala de aula.

​​​​​​​​A partir dos estudos sobre a história do nosso país e a cultura indígena, nossos estudantes do 7​° ano EF foram instigados nas matérias de Ciências Humanas (Geografia, História, Filosofia e Ensino Religioso) a estudarem o tema Índios no Brasil. A atividade consistiu em saber quais são os contextos em que podemos encontrar os indígenas no nosso país. Deste modo, eles precisaram identificar a situação geográfica, histórica e religiosa dos índios. Para contribuir com a aprendizagem, nossos estudantes receberam a visita de Adelino Gangre, conselheiro da Tribo Caingangue, de São Leopoldo. O palestrante colaborou com o estudo ao contar para os estudantes a sua história, sua rotina e as maneiras como passam adiante a cultura da tribo.

Como forma de quebrar o pré-conceito a respeito da população indígena, nossos estudantes foram desafiados a elaborar um vídeo em que o personagem, nativo de uma tribo do Brasil, em determinado espaço geográfico, reflete sobre a própria vida. A ação envolveu as quatro matérias da área de Ciências Humanas e teve como objetivo saber como nossos estudantes enxergam a vida indígena na atualidade e como se sentem vivendo nesse contexto.


D​urante o bate-papo, ​Adelino Gangre explicou sobre o artesanato. ​​

O índio Adelino Gangre, realizou um bate-papo com os estudantes para explicar mais sobre a cultura, história e o artesanato. O conselheiro contou para os estudantes que o artesanato é passado de geração para geração e que junto com o plantio, são as principais fontes de renda da tribo. Questionado sobre as dificuldades para estudar, Gangre disse que o tempo facilitou o acesso para os índios.

“Atualmente está mais fácil estudar. No meu tempo, eu só aprendi a falar Português aos 13 anos e nos dias de hoje, as crianças aprendem isso desde cedo, na escola. No meu tempo precisava andar muitos quilômetros a pé para ir ao colégio e na atualidade isto está mais fácil também. Hoje, nós vivemos do nosso artesanato, pois já não temos mais tanta mata para explorar. Por conta da escassez de alimentos, nossa tribo está se movendo para mais perto da Capital. Entretanto, a diferença cultural é o que mais nos afasta da cidade, pois temos o hábito de falar na nossa língua-mãe quando estamos juntos ", contou o conselheiro.

Para a ​professora de Filosofia Fernanda Félix, a atividade foi produtiva. “Foi muito bom poder conhecer mais sobre a cultura e essas diversidades expostas aqui, nos mostram o quão importante é respeitar as diferentes formas de viver. Essa aula foi muito explicativa, pois podemos aprender com ele e ele aprender conosco. A maneira como eles vivem me surpreendeu e o contato dos nossos estudantes com essa cultura é muito bacana para quebrarmos os estereótipos que muitas vezes são impostos pela sociedade."