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Construindo alicerces pra vida

07/01/2019
Formação
Ex-alunos são voluntários na Engenheiros sem Fronteiras

​​​​​Nas histórias construídas pelos ex-alunos do Marista Santa Maria, é identificado o florescimento do propósito da formação integral marista, que, além de educar bem, educa para o bem. É o caso dos jovens que participam como voluntários da Organização Não Governamental (ONG), Engenheiros sem Fronteiras, Núcleo de Santa Maria. A ONG surgiu na França na década de 80, e atualmente possui grupos de atuação no mundo inteiro. No Brasil, existem cerca de 60 núcleos, como o de Santa Maria, que está vinculado à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segundo o site da ONG, o objetivo é elaborar projetos e atividades baseados na engenharia, educação e desenvolvimento sustentável de uma forma multidisciplinar, visando o progresso socioeconômico nas cidades onde se inserem.

​É com embalagens tetra pak que os voluntários do projeto Lares sem Frestas consertam as paredes de casas de comunidades carentes de Santa Maria, conforme destaca Laura Pozzobon, ex-aluna do Marista Santa Maria e acadêmica de Engenharia da Produção da UFSM. A estudante, que integra o projeto desde o início de 2018, explica como o trabalho é realizado: “Construímos placas com as caixas de leite vazias e limpas, as quais são fixadas com grampeador industrial nas paredes das casas de madeira que possuem frestas," As placas evitam o vento e a umidade, proporcionando qualidade de vida aos moradores e contribuindo para a sustentabilidade do Planeta a partir do uso de materiais recicláveis.

Outro projeto da ONG é o de Captação de Água, do qual o engenheiro civil e ex-aluno Lorenzo Rizzatti é voluntário e atua como líder.  Segundo Rizzatti, a ideia central da iniciativa é construir sistemas de coleta de água por cisternas com canos de PVC e instalar em casas de famílias menos privilegiadas do munícipio. O projeto está em fase de testes, mas o engenheiro já sente os resultados, “É uma alegria receber cada sorriso nas ações que realizamos, o que nos motiva ainda mais a continuar com iniciativas como essa, que podem trazer qualidade de vida às pessoas", destaca ele.

Martina Rubi também faz parte do grupo de ex-alunos integrantes da Engenheiros sem Fronteiras. A acadêmica do curso de Engenharia da Produção da UFSM participa do Educa. Segundo ela, o projeto nasceu com o intuito de conter a evasão escolar no Ensino Fundamental de escolas públicas de Santa Maria através de aulas de reforço. “A princípio, nós damos aulas duas tardes por semana a crianças e jovens de 10 a 16 anos. Já faz um ano que eu estou no projeto e tenho certeza que eles me ensinaram muito mais do que talvez eu tenha ensinado a eles", confessa Martina. Segundo ela, as aulas são focadas em formação cidadã e conhecimentos básicos, desde aprender a contar o troco do mercado até a educação sexual. Além desses temas, os voluntários trabalham os conteúdos de Português, Matemática e Ciências.

A trajetória desses jovens ilustra na prática o que busca o Marista Santa Maria com sua proposta pedagógica: "a formação de sujeitos protagonistas, que veem em suas habilidades uma oportunidade para transformar o lugar onde vivem, com a consciência que o sucesso profissional e pessoal deve estar alicerçado nos valores do bem, da solidariedade e da empatia", enfatiza o coordenador de Pastoral, Edemir João Dal Bem.

​No dia 5/6/2018,  Dia Mundial do Meio Ambiente, Laura Pozzobon, Lorenzo Rizzatti  e também Matheus Filappi, que é coordenador do subprojeto Lares Sem Frestas, vieram ao Colégio conversar com cerca de 75 crianças do Nível 3, da Educação Infantil, sobre seu trabalho no Engenheiros sem Fronteiras. Além de explicarem sobre os projetos, os convidados fizeram uma demonstração prática de como utilizam as caixas de leite nas paredes das casas de madeira. Para contribuir com o projeto, as crianças trouxeram caixas de leite vazias e limpas, as quais foram doadas para a ONG. ​