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Estudos sobre cadeia alimentar geram ações de combate ao Aedes aegypti

06/05/2019
Nosso jeito de educar
Após pesquisas e atividades de Ciências, estudantes do 6º ano EF engajaram famílias e vizinhos no combate ao mosquisto transmissor da dengue.

​​​​​Os estudantes do 6º ano EF fizeram sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti. Eles verificaram se havia focos do mosquito ou recipientes com água acumulada nas residências, sensibilizando familiares e vizinhos, e, assim, tornaram-se agentes multiplicadores de informação. A iniciativa surgiu na aula de Ciências após estudos sobre equilíbrio biológico e cadeia alimentar, quando aprofundaram os conhecimentos sobre o controle biológico de mosquitos vetores de doenças.

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Os estudos incluíram diversas atividades, dentre elas pesquisas, fórum de discussões, jogos e vídeos educativos, projeções holográficas, além da produção de cartazes e paródias. “Com os trabalhos, os estudantes reconheceram e compreenderam melhor os conceitos da disciplina de Ciências no que diz respeito ao controle biológico das larvas e mosquitos, que podem ser combatidos por inimigos naturais como outros insetos, aranhas, peixes, lagartixas, sapos, rãs e aves", destaca educadora de Ciências, Fabiane Wentz.

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As turmas do 6º ano EF também entenderam a diferença entre o mosquito Aedes aegypti e os demais mosquitos existentes na região, bem como a diferença na cadeia alimentar entre machos e fêmeas. De acordo com a professora Fabiane, o macho alimenta-se de seivas de plantas, enquanto a fêmea necessita de sangue humano para o amadurecimento dos ovos. "Eles são depositados separadamente nas paredes internas dos objetos e próximos a superfícies com água, locais que lhes oferecem melhores condições de sobrevivência, por isso a importância de não deixar água parada", explica.

Os estudantes e a educadora também solicitam que a comunidade esteja engajada no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya, doenças que ainda podem ocasionar microcefalia e síndrome de Guillain-Barré. “Não podemos nos descuidar e pedimos que todos verifiquem se há recipientes com água parada em suas casas para ajudar a prevenir focos do mosquito em qualquer época do ano", recomendam.

Faça sua parte 

A dengue é uma das principais endemias que acomete o Brasil. Conhecida como quebra-ossos, causa dores nas articulações, entre outros sintomas, o que provoca a prostração dos pacientes. Mais preocupante ainda, pois pode advir de uma segunda infecção do vírus da dengue, é a dengue hemorrágica, que causa manifestações hemorrágicas podendo levar ao óbito.

Até 13/4 deste ano, o Rio Grande do Sul registrou 121 casos confirmados de dengue, segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). São 72 ocorrências autóctones (quando a doença é contraída no estado) e outras 49 importadas. No município de Santo Ângelo, até 13/4, haviam 39 casos notificados e 10 já confirmados.

A educadora Fabiane Wentz e os estudantes do 6º ano EF alertam quanto à aplicação de inseticidas químicos, muitas vezes tóxicos e poluentes, para controlar a proliferação do mosquito, quando pode ser prevenida de maneira simples a partir da conscientização da sociedade. ​