O exercício da pesquisa contribui para o desenvolvimento de habilidades no sentido de busca e uso de informação, bem como promove a reflexão, o pensamento crítico e a aplicação do conhecimento frente à aprendizagem. Reconhecendo esses benefícios entre os objetivos da educação marista está a preparação dos estudantes para as diferentes etapas da pesquisa científica, a partir de conhecimentos prévios e motivações, de modo que eles possam se tornar estudantes-pesquisadores. Com isso, os percursos da Iniciação Científica potencializam a investigação científica como um instrumento de aprendizagem de forma contínua e transformadora
Mostra de Iniciação Científica
Visando promover espaços de troca de experiências, problematizações e construção do conhecimento, o Colégio Marista Assunção irá realizar nesse sábado, 9/7, a Mostra de Iniciação Científica dos Anos Finais e Ensino Médio. Serão 10 salas de apresentação de trabalhos em dois horários: das 8h às 10h e das 10h30 às 12h. O objetivo principal da Mostra de Iniciação Científica é promover a educação pela pesquisa, preparar os estudantes desde a Educação Básica para o desenvolvimento de Pesquisas com método científico.
Os horários de apresentação, bem como os links de acesso para acompanhamento remoto podem ser conferidos clicando aqui
Salas de Apresentação
A fim de dar visibilidade à produção científica brasileira, neste ano as salas de apresentação carregarão o nome de pesquisadores relevantes para suas áreas de atuação. Confira abaixo os pesquisadores homenageados:
Sala Boris Fausto (1930 -)
Bacharel e licenciado em História, bacharel em Direito, obteve título de Doutor e de livre-docência pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Alguns de seus focos de seus estudos foram História do Brasil e seus aspectos políticos; a criminalidade na cidade de São Paulo; questões de imigrantes, por meio da experiência de seus antepassados.
Sala Lélia Gonzales (1935-1994)
Doutora em antropologia. Co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro. Seu foco de pesquisa é filosofia, candomblé e psicanálise, com uma visão latino-americano e feminista.
Sala Milton Santos (1926-2001)
Bacharel em Direito, com Doutorado em Geografia. Atuou como professor em universidades brasileiras, como na UFRJ, também na França, nos Estados Unidos, no Canadá, na Venezuela. Recebeu muitos prêmios nacionais e internacionais por seu ofício de mestre e de pesquisador. Seus estudos têm foco em urbanização.
Sala Daniel Munduruku (1964 –)
Graduado em Filosofia, doutor em Educação e pós-doutor em Linguística. Seu foco de estudo e de atuação é em educação e literatura indígenas. É autor de 52 livros voltados para o público infantil, juvenil e educadores. Recebeu diversos prêmios literários no Brasil e no exterior. É membro da Academia de Letras de Lorena.
Sala Thelma Krug (1951 -)
Possui graduação em Matemática, mestrado em Probabilidade e Estatística e Doutorado em Estatística Espacial. Atuou em universidades brasileiras como professora e diretora de departamento. Atuou na Secretaria de Programas e Políticas de Ciência e Tecnologia no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e Secretária Nacional na Secretaria de Mudança Climática e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Foi Assessora de Cooperação Internacional do INPE. Esteve à frente de estudos ambientais acerca das mudanças climáticas, nos temas relacionados a florestas.
Sala Oswaldo Cruz (1872 - 1917)
Graduado em Medicina, realizou Doutorado com tema em microbiologia. Foi o pesquisador responsável por apontar que a transmissão da febre amarela ocorria pelo mosquito como vetor e não pelo contato físico entre as pessoas, como se acreditava. O médico foi bastante hostilizado pela população e até por seus pares ao indicar medidas sanitárias para controle da doença e, depois, pela vacinação contra a varíola.
Sala Virgínia Bicudo (1910 - 2003)
Graduada em Ciências Política, mestra em Sociologia. Foi professora universitária e presidente do Instituto de Psicanálise. Publicou diversos estudos nessa área.
Sala Vivian Miranda (1986 - )
Graduada e mestra em Física, tem doutorado e pós-doutorado em Cosmologia. Atua na Nasa no desenvolvimento de satélites. Recebeu diversos prêmios por sua atuação de pesquisa. Tem mais de 20 trabalhos publicados na área.
Sala Moacir Gadotti (1941 -)
Possui graduação em Pedagogia e Filosofia, mestrado em Educação: História, Política e Sociedade, e doutorado em Ciências da Educação. É professor titular aposentado da Universidade de São Paulo e Presidente de Honra do Instituto Paulo Freire. Atua na produção dos seguintes temas: educação, filosofia da educação, educação de jovens e adultos e educação para a sustentabilidade.
Sala Marco Antônio Cavalcanti
Pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) desde 1996. Doutor em Economia, é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da PUCRio. Foi subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia e editor da Revista Pesquisa e Planejamento Econômico. Principais áreas de atuação: política fiscal, política monetária, modelos macroeconômicos e econometria de séries temporais.
Sala Antonio Valério Netto
Possui graduação, doutorado e pós-doutorado em Ciência da Computação. É pesquisador bolsista do CNPq em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT). Em 2013, ganhou o Prêmio Alexandrino Garcia do Grupo Algar na categoria Empreendedorismo pelo trabalho realizado na área de tecnologia educacional. Em 2016 recebeu o prêmio ABSEG da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança. Em 2019 foi vencedor do Concurso de Tecnologias Policiais (StartPol). Tem patentes de inovação registradas, e estudos publicados.
A pesquisa no Marista Assunção
Segundo a supervisora de bibliotecas dos Colégios da Rede Marista, Patrícia Saldanha, a Iniciação Científica é um movimento presente em nossos Colégios que proporciona ações de estímulo à pesquisa com temas relevantes e pertinentes à realidade dos estudantes. “Busca-se, por meio da investigação científica, localizar e selecionar a informações, problematizar, debater e refletir sobre diferentes temáticas relacionadas às quatro áreas de conhecimento, a partir de um olhar crítico sobre os fenômenos que os cercam, construindo novos saberes e, por fim, divulgando o conhecimento produzido", explica.
Por meio da Investigação Científica, portanto, é possível trabalhar com inúmeras propostas para o questionamento de fenômenos que nos rodeiam. “Comprovadamente, a pesquisa científica é um caminho para o saber que, do mesmo modo, colabora para a autonomia e o protagonismo do estudante em seu processo de aprendizagem", finaliza.