Nós, enquanto instituição de ensino, temos ainda mais responsabilidade em ser referência educativa ao orientar, auxiliar e mobilizar todos que, de alguma forma, se conectam a nosso propósito e a nossa missão. E é por isso que, desde o início do isolamento social e afastamento das atividades presenciais no Colégio, temos atuado com o objetivo de propor iniciativas que visem ao bem-estar e à saúde de estudantes, educadores e famílias do Marista João Paulo II no retorno às atividades presenciais.
Dentre as ações de prevenção propostas, descritas no nosso Guia de retorno às atividades presenciais, documento elaborado a partir da parceria entre o Colégio, a Rede Marista e a equipe médica Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), nosso protocolo de retorno adota práticas como o uso obrigatório de máscaras em todos os nossos espaços, aferição de temperatura de todos que acessam o Colégio, distanciamento social em salas de aulas e nas áreas comuns, higienização constante dos ambientes, entre outras iniciativas.
Mas, para além do cuidado com a nossa saúde física, uma preocupação se fez presente desde o momento em que estávamos atuando de forma remota: como acolher e cuidar dos estudantes de forma afetuosa, práticas tão enraizadas no nosso jeito marista, em tempos de distanciamento social? Foi então que nasceu o projeto Afeto com segurança, elaborado e conduzido pelo Serviço de Orientação Educacional (SOE).
Os objetivos do projeto preveem: esclarecer e orientar os estudantes sobre o protocolo de retorno ao modo presencial; trabalhar a formação socioafetiva para o convívio saudável e com qualidade e propor e criar manifestações de afetos de diferentes maneiras que restabeleça o vínculo com cuidado e proteção em tempos de pandemia.
Inicialmente, as orientadoras educacionais proporcionaram um momento de escuta com os líderes e vice-líderes de turma, assim eles puderam partilhar sentimentos vividos e desafios enfrentados pelos estudantes. A etapa seguinte aconteceu nas aulas on-line, com todos os estudantes. Na oportunidade, eles puderam abrir o coração de forma individual e espontânea para descrever como tem sido vivenciar esse momento atípico e inédito para todos e, mais que isso, como eles se sentiam com a retomada das aulas presenciais. De ansiedade a esperança, do medo a saudade, os que se sentiram à vontade puderam ser ouvidos sem julgamentos e ouviram, também, palavras afetuosas dos educadores.
Na segunda etapa do projeto, foi a vez de debatermos sobre demonstrações de afeto. Atualmente, na impossibilidade dos abraços, das brincadeiras com contato físico e do compartilhamento de materiais, surgiu a necessidade de ressignificarmos atitudes. Assim, os estudantes aprenderam que também por meio das palavras, ações e olhares é possível demonstrar as mais diversas emoções, inclusive àquelas relacionadas à alegria do reencontro, que vivenciamos no final de setembro, com o retorno às atividades presenciais.