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Alfabetização: saiba como ela acontece nos Anos Iniciais do nosso Colégio

08/09/2021
Nosso jeito de educar
Como lembrete do Dia Mundial da Alfabetização, mostramos alguns aspectos dessa importante fase na vida das crianças

​​​​​​O Dia Mundial da Alfabetização, 8/9, originou-se em 1967, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o intuito de debater a alfabetização e as questões relacionadas ao assunto no mundo inteiro. Assim, em celebração à data, relembramos o processo de letramento das crianças.

De acordo com a supervisora pedagógica dos Colégios da Rede Marista, Bibiana de Oliveira João de Deus, durante o processo de alfabetização e letramento nos Colégios, a ludicidade e os elementos do cotidiano são utilizados como base para a construção do conhecimento. “Valorizamos as brincadeiras, os jogos, a exploração dos diversos gêneros literários e as tecnologias digitais, visando contribuir no desenvolvimento do estudante. Também buscamos elementos do contexto social e cultural vivenciado pelas crianças para que a aprendizagem seja significativa e respeite a singularidades de cada estudante.”, comenta.

As palavras estáveis, como o próprio nome, são utilizadas para as descobertas e construções das letras e suas associações. Dessa forma, as crianças se sentem mais seguras para tentar escrever, por exemplo, o nome das pessoas próximas, uma vez que essas são palavras significativas e carregam história afetiva. Além disso, o processo de alfabetização contempla diversas obras literárias, assim como outros gêneros textuais, a partir da exploração de revistas, jornais, gibis, anúncios, receitas etc.  

A função social da linguagem

Bibiana explica que a oralidade, a leitura e a escrita constituem uma parte integrante das representações simbólicas codificadas. Entende-se, assim, a função social que a linguagem oral e escrita carrega, considerada como um instrumento cultural complexo, que permite a comunicação e o registro da expressão, do conhecimento e da imaginação. “À medida que a criança vai se apropriando dos códigos da escrita, utilizando as letras e relacionando o som delas e as hipóteses de como se consolida na escrita (relação entre fonema e grafema), vai sentindo-se pertencente à cultura social, promovendo autoconfiança, alegria, autonomia, autoestima e liberdade de expressar o que pensa e deseja comunicar. Dessa forma, a escrita ocupa uma função social importante de comunicação”, aborda.

Cultura escrita e a participação familiar

Antes mesmo de as crianças dominarem a leitura escrita, elas já costumam estar inseridas nesse universo. “É muito comum as famílias já comprarem livros, apesar de seus filhos ainda não lerem. Esse gesto simboliza o afeto, ampliação do repertório simbólico das crianças, a qualificação do vocabulário e a estimulação da leitura das narrativas visuais, além de promover momentos de apreciação e gosto pela leitura”, discorre a especialista.

A leitura dos pais para as crianças gera uma atmosfera positiva para a aprendizagem, pois incentiva e desperta o interesse na compreensão das letras. “As constantes leituras dentro dos contextos familiares contribuem para que as crianças desenvolvam o gosto e são boas oportunidades de aproximação e do vínculo familiar”, finaliza Bibiana.

A leitura e a escrita articuladas às diferentes Linguagens

Conforme a professora dos Anos Iniciais do Marista Roque, Graciela Machado Linhares Loreto, além de provocar para o mundo da leitura, oportunizando o manuseio de diferentes gêneros textuais (livros, jornais, revistas, contos, poemas, crônicas, reportagens, folhetos, revistas em quadrinhos, cartazes, entre outros), as crianças precisam ser instigadas a observar e reelaborar suas representações sobre o “para que” e “como” as pessoas leem e escrevem em suas atividades diárias.

Para isso, é importante promover a participação das crianças em práticas autênticas de leitura e de escrita, através de situações de aprendizagens nas quais o texto escrito seja o mediador das interações. “Nossa prática pedagógica está alicerçada nas premissas que se encontram nas Matrizes Curriculares do Brasil Marista. Essas premissas defendem a ideia de que é através da articulação entre os componentes curriculares que a linguagem torna-se produtora de sentidos, conhecimentos e valores, em interações mediadas por palavras, imagens, sons, gestos e movimentos, aos quais implicam posicionamento crítico e protagonismo”, explica.

Investigação e conhecimento

Para Ana Paula Vaz Ramos, também professora dos Anos Iniciais, a leitura de mundo acontece em sala de aula e em diversos ambientes da instituição, assim como tem continuidade nas tarefas diárias de casa com o apoio das famílias.

“A alfabetização no Marista Roque ocorre através de muito comprometimento. Os estudantes são envolvidos em diversos projetos, nos quais têm a oportunidade de exercerem na prática o que aprendem durante suas investigações e pesquisas. O estímulo à aquisição da linguagem oral e escrita estrutura-se nas variedades linguísticas utilizadas diariamente na vida dos estudantes, através de todas as áreas de aprendizagem”, destaca.​