Nos Anos Finais, os desafios da
vida escolar são acentuados na rotina dos estudantes, especialmente por se
tratar de um período intermediário – e muito importante – entre os Anos
Iniciais e o Ensino Médio. No Marista Roque, buscamos metodologias que implementem
aprendizagens e despertem o interesse, aliadas a práticas que incentivem o protagonismo
do estudante. Dessa forma, nossas ações pedagógicas são fundamentadas nas Matrizes
Curriculares e os conteúdos são trabalhados de forma dinâmica, integrada e
interdisciplinar.
Nesse sentido, as turmas do 7º ano
desenvolveram para o componente curricular História, a proposta de trabalho “Sociedades e Culturas Africanas”, que une
diversos recursos tecnológicos e competências acadêmicas. Para isso, os
estudantes foram provocados a construir e apresentar mapas mentais, também
conhecidos como diagramas, sobre a história da África.
“O mapa mental nos ajuda a gerir as
informações e os conhecimentos, tornando-se uma ferramenta excelente para ser
utilizada em revisões para as avaliações. Com ele, os estudantes organizam as
palavras-chave e desmembram os seus significados em outros tópicos ou
ramificações. Essa proposta estimula o cérebro a organizar os conhecimentos, possibilita
a expressão de ideias, estimula a concentração e a memória, e ainda gera uma
compreensão visual do conteúdo estudado”, destaca o professor de História, Eduardo da Silva Soares.
Desenvolvendo competências
Para realizar o trabalho, os estudantes aprofundaram suas
pesquisas a fim de conhecer a história dos povos da África, identificando os
valores culturais, as riquezas naturais e as organizações políticas e sociais
dos povos daquele continente. Segundo o educador, além da
utilização de recursos tecnológicos, as turmas também desenvolveram uma série
de competências ao longo da construção do projeto, como o pensamento crítico e
os conhecimentos históricos.
“A produção do material, sob
orientação do educador, ajudou a compreender melhor o conteúdo, gerando
engajamento nas aulas e proporcionando aos estudantes serem construtores do
próprio conhecimento. Assim, a formação do educando ocorre nas diversas etapas
da elaboração do mapa mental: leitura do conteúdo, identificação das
palavras-chaves, as ramificações e novas palavras que, porventura, podem ser
substituídas por imagens, vídeos ou áudio”, explica o professor.
Consciência crítica
O sábado letivo do dia 28 de
novembro também abordou, nas áreas de Linguagens e Ciências Humanas, temáticas
do cotidiano, explorando diferentes habilidades aprendidas na educação básica. Dentre os assuntos, foram estudados
o “Multiculturalismo e população brasileira: a contribuição da cultura africana
no Brasil”, “Cultura Africana e Resistência: abordagens sobre as influências da
cultura africana no Brasil e as principais abordagens no ENEM” e “A valorização
da identidade étnico-racial: o diálogo igualitário na construção de uma
sociedade plural e equitativa”, com participação especial da professora de Língua
Portuguesa, Vera Luci Machado Prates da Silva, e de Deborah Fagundes da Silva,
estudante marista do 2º ano do Ensino Médio.
Para ela, melhor do que ver de
perto o protagonismo jovem, é ser participante dele. “Ter a oportunidade de
conversar sobre um tema tão necessário, é uma honra e um privilégio. O racismo,
nos tempos atuais, é tão normalizado que se torna velado, então é mais do que
necessário ter espaços de escuta para um melhor entendimento da realidade do
outro, fazendo com que aprendamos sobre como exercer a empatia na prática e nos
fortalecermos para criar um mundo cada vez melhor. Além de incentivar os alunos
a criarem suas visões de mundo, momentos e espaços como esses nos fazem
entender que a educação é uma via de mão dupla, aprendemos na mesma medida que
ensinamos”, relata Deborah.
