Nossa missão está alicerçada na abordagem de São Marcelino Champagnat, fundador do instituto marista, que defendia a educação como uma verdadeira obra de amor. Por isso, faz parte do nosso jeito de educar promover iniciativas que comtemplem o respeito e a afetividade.
Dessa forma, todos os anos, incentivamos em nossa comunidade escolar ações que apresentem novas visões de mundo. No último dia 2 de abril, celebramos o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e para que os estudantes tivessem a oportunidade de conhecer mais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), o Serviço de Orientação Educacional do Marista Roque promoveu iniciativas sobre o tema durante toda esta semana.
Segundo a Orientadora Educacional e Educadora Especial, Luciana Breyer Figueiró, as ações para a Educação Infantil, 1º e 2º anos do Ensino Fundamental/Anos Iniciais foram baseadas na reprodução de histórias educativas, reflexivas e conscientizadoras. Já para as turmas do 3º ano do Ensino Fundamental, foram promovidas, de forma online, rodas de conversa com perguntas e respostas, mediadas pela Orientadora Educacional. Além disso, também foram reproduzidos vídeos da Turma da Mônica, com destaque para o personagem André, que representa o autismo na infância.
Nas turmas do 4º ano do Ensino Fundamental, as professoras utilizaram as aulas de Filosofia para promover rodas de conversa e a ação “Vista-se de azul", onde os estudantes foram convidados a vestir roupas e adereços desta cor, que representa o símbolo do autismo. As turmas do 5º ano do Ensino Fundamental receberam em suas lives estudantes e mães que vivenciam o autismo no seu dia a dia, para contarem suas experiências e relações com o TEA.
A história de Fred
Conforme a Orientadora Educacional Deise de Quevedo, para os estudantes do turno da manhã, do 6º ano do Ensino Fundamental/Anos Finais ao 3º ano do Ensino Médio, a proposta foi apresentar, em forma de vídeo, o relato da psicóloga Lísia Noal Vieira da Cunha, mãe do Frederico, estudante do Marista Roque desde os três anos de idade. Hoje, com 16, Fred está no 2º ano do Ensino Médio, e vem construindo, dentro do Colégio, uma emocionante história de superação e aprendizados.
“Quando começamos a perceber os primeiros sinais, buscamos ajuda de neuropediatras fora de Cachoeira do Sul, e os resultados de todos os exames eram bons, sem nenhum tipo de lesão cerebral. Mas então, descobrimos que o autismo é um transtorno que, na maioria das vezes, se apresenta nos comportamentos, no desenvolvimento, e na dificuldade de interação e socialização", explicou Lísia.
Ela relembrou, também, sua reação quando recebeu o diagnóstico do filho, aos três anos de idade. “Foi muito difícil. A primeira reação é negar, não querer acreditar. Falar de autismo, para mim, era chorar. Eu não conseguia falar sobre isso. Depois da negação, veio o luto, e só após comecei a entender que o Frederico era uma criança especial", disse.
Foi então que iniciou a busca por informações sobre o TEA, e hoje, a família de Fred ajuda diversas outras famílias a encararem os diagnósticos que recebem. “Foi nesse momento que a nossa vida começou a ficar mais leve. Hoje, o Fred está super bem adaptado e feliz. E por isso, peço para que nunca se perguntem porque as coisas acontecem com a gente; e sim, para que elas acontecem".
Lísia com o filho Fred