Para ampliar os conhecimentos construídos nas aulas de Arte utilizando uma ferramenta digital, as turmas do 6º ano EF foram desafiadas a criar um projeto de releitura de obras artísticas no Minecraft Education. A atividade foi realizada durante as aulas online e oportunizou aos estudantes o acesso ao software de criação de mundo virtual, demonstrando as possibilidades da utilização de aplicativos como ferramentas pedagógicas e tornando a construção do conhecimento uma atividade prazerosa e dinâmica.
Outros recursos tecnológicos fizeram parte do desenvolvimento da atividade. Os estudantes fizeram pesquisas na internet e tiveram acesso a um livro digital com conteúdos sobre cultura brasileira, a vídeo sobre os principais artistas brasileiros e suas técnicas e a um tour em museu virtual para conhecer os ambientes e suas características, o que despertou ainda mais a curiosidade e o entusiasmo para o projeto de releitura. Assim, o trabalho também foi uma oportunidade de mostrar que o ensino de Arte tem sido historicamente recriado, uma vez que as formas de expressão e de investigação do mundo passam por inevitáveis mudanças.
O desafio foi proposto pelas educadoras Edilce Escobar (Arte), Marilei Kovatli (Tecnologias Educacionais) e Andressa Kotz (Robótica Educacional), que, posteriormente, elaboraram um artigo sobre a atividade e seus resultados, intitulado Releitura das obras de Tomie Ohtake, Luiz Sacilotto, Victor Brecheret: integrando Arte e Tecnologia através da utilização do software Minecraft Education. Elas tiveram a oportunidade de apresentar o artigo de forma online na X Jornada Interdisciplinar de Pesquisa da FEMA – Santa Rosa, juntamente com o Supervisor de Tecnologias Educacionais da Rede Marista, Ederson Luiz Locatelli.
De acordo com as educadoras Edilce, Marilei e Andressa, durante o período de isolamento social e aulas domiciliares, as escolas precisaram replanejar e transformar sua forma de ensinar, fazendo com o que os professores buscassem novas formas para trabalhar e garantir um ensino de excelência aos estudantes. “É necessário que as escolas sigam buscando meios de inserir ferramentas digitais no ensino para que os estudantes se sintam engajados e autores no seu processo de desenvolvimento do conhecimento. No entanto, o poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias, mas na forma como o educador as utiliza, integrando e relacionando sempre o ensino com a vida e com as experiências de seus alunos”, comentam.