É notório que a internet e o avanço das suas funcionalidades têm facilitado e agilizado diversos processos tanto na vida pessoal quanto profissional das pessoas. A partir dela, novos negócios foram criados, o método de ensino pôde ser aprimorado, o conhecimento se tornou mais acessível e na própria pandemia, foi a solução para muitos empreendimentos se manterem.
Por outro lado, cada vez mais somos noticiados de que o mau uso da internet vem sendo o causador de discussões, compartilhamento de informações falsas, aplicação de golpes e, sobretudo, a realização de crimes chamados cibernéticos.
No início desta semana, as turmas dos Anos Finais do Colégio Marista Champagnat participaram de uma palestra online abordando a temática de Educação Digital e Prevenção aos Cyber Riscos. A ministrante foi a professora Gabriela Amato Teixeira, formada em direito e Doutora pela PUCRS, que durante sua tese pesquisou sobre a violação dos direitos das crianças e adolescentes por meio do Cyberbullying.
Na conversa com os estudantes, apresentou alguns casos que ocorrem frequentemente nas redes sociais, a fim de ilustrar sobre os riscos e as possibilidades de violações de direitos no ambiente digital. Também abordou temas atuais como cancelamentos na internet e a bolha de algoritmos, como exemplos que podem conduzir ao discurso de ódio e a promoção de um ambiente digital prejudicial à saúde psíquica de crianças e adolescentes.
“Compreendo que devemos trabalhar fortemente com a ideia da prevenção, buscando orientar as crianças e adolescentes sobre o comportamento digital adequado, esclarecendo sobre os possíveis riscos, formas de fazer valer os seus direitos fundamentais no contexto digital e, ainda, orientá-los sobre os meios de defesa dos seus direitos que as próprias redes sociais já disponibilizam", afirma a especialista.
A nossa orientadora educacional dos Anos Finais e Ensino Médio, Clamarta Pasuch, também comenta a respeito da atividade. “É importante conscientizar os estudantes e orientá-los quanto aos bons e maus usos da internet, por isso propomos essa atividade para mostrar as possíveis consequências quando esse uso não for promovendo o bem-estar e respeitando a vida. Mais ainda com a pandemia, onde o uso e acesso a comunicação digital/virtual foi intensificada. A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cidadã, de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Combater o cyberbullying é uma forma eficiente e educativa de diminuir a violência entre estudantes e, posteriormente, na sociedade. Precisamos educar nossa juventude para a empatia e o respeito coletivo".
