Por Irmão Rudi Hahn
Quando o Natal chega, temos a serena impressão que a vida ao nosso redor também se renova e se alegra. Paira no ar um clima diferente que nos impacta de uma forma ou de outra. Parece que o nosso coração se aquece com tantas casas iluminadas. Parece que o nosso coração se sente mais feliz com tantos enfeites coloridos que permeiam nossos caminhos. Parece que a vida se torna mais leve com tantos convites à magia, ao encanto das narrativas natalinas. Parece que a melodia dos sinos e das doces canções de Natal nos transportam ao nosso passado e nos impulsionam a não limitar nossos sonhos futuros. Parece que esse espírito de paz e luz, que se manifesta de diferentes maneiras, nos abraça e nos convida a renascer.
Se espalha pelas cidades, pelas ruas, pelas casas, pela natureza, nas relações entre as pessoas, em textos como estes, um convite mais explícito para refletirmos sobre a vida, para desacelerarmos, para fazermos uma oração, um diálogo conosco mesmos e com Deus. Um convite ao perdão, à união, à solidariedade, ao afeto, à valorização do vínculo afetivo com a família.
E essa energia do Natal que a gente sente se torna ainda mais divina, quando aceitamos estes convites desse momento, para transformar algo em nossas vidas, por mais simples que possa parecer: perdoar alguém que nos causou alguma mágoa, mandar uma mensagem para um amigo que faz tempo que não falamos, fazer um elogio, ajudar alguém que precisa, dizer mais “eu te amo”, buscar o autoconhecimento, ter empatia. Afinal, a comunicação com Ele se estabelece quando a reflexão se traduz em ação, e por consequência, em transformação. Essa é a magia que emana da oração, ela vai mudando a gente de dentro pra fora e com isso vai (re) configurando a vida a nossa volta.
E é nesse universo que o sentido do Natal se faz presente. Na data que celebramos o nascimento de Jesus, é preciso dar vida e deixar-se envolver pelos aprendizados que este acontecimento representa. Nascemos e (re)nascemos todos os dias das nossas vidas. Estamos aqui de passagem para nos tornarmos pessoas melhores, e cada novo amanhecer é uma nova oportunidade para isso. E “pessoas melhores” lapidamos no dia a dia, super-heróis do cotidiano, que conseguem exercer a empatia em tempos tão sensíveis quanto o que estamos vivendo nesta pandemia, que buscam viver a sustentabilidade ambiental, social e emocional em suas rotinas.
O Natal de 2020 segue a sua missão de sempre: de nos trazer esperança! Por isso, abra o seu coração e deixe esse espírito, essas cores, essas melodias, essa energia de amor, realmente serem fontes de luz, paz, fé, força e transformação em sua vida. Que possamos acreditar em dias melhores e enfrentar todos os desafios como uma grande família, que é o que somos, como o aniversariante do dia nos ensinou.
Um Feliz e Abençoado Natal!