Mesmo vivendo um ano atípico, o protagonismo e a potencialização do aprendizado de nossos estudantes do Ensino Médio continuam se destacando de diversas formas. Uma delas é por meio da Simulação Interna do Marista João Paulo II (SIMJOPA), que pela primeira vez aconteceu de maneira totalmente virtual.
Realizada nos dias 26 e 28/9, e contando com o apoio de professores e da Coordenação Pedagógica, a simulação foi coordenada pelos próprios estudantes, que atuaram desde a proposição dos temas até a intermediação dos debates. A atividade visa estimular o censo crítico dos jovens e reflexões sobre os problemas enfrentados diariamente pela sociedade.
Divididos em comitês, os jovens simularam assembleias de órgãos nacionais e internacionais, que buscam, em conjunto, soluções pacíficas para os mais variados temas. Além dos comitês, a simulação também contou com uma agência de comunicação, responsável por fazer a cobertura do evento com reportagens, divulgação dos assuntos abordados e decisões de cada sessão.
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A cerimônia de abertura foi transmitida ao vivo no canal oficial do colégio no Youtube e contou com a participação de membros da Direção, coordenação do Ensino Médio, Pastoral, UMBRASIL, além de vários ex-alunos, que destacaram a importância de participar de projetos como a Simjopa para exercitar o diálogo e interação social.
Durante a solenidade e em referência ao Dia Nacional do Surdo, comemorado dia 26 de setembro, o ex-aluno, Henrique Mendes da Silva, foi convidado para fazer a interpretação em linguagem brasileira de sinais (Libras), do Hino Nacional e também do Hino do Colégio, momento em que os espectadores se emocionaram bastante.
Durante as sessões dos comitês, realizadas em 28/9, os estudantes contaram com um dia intenso de diálogos em que, por diversos momentos, era necessário defender posições contrárias às suas preferências pessoais, em temas que variavam de: Índice de Desenvolvimento Humano Global em queda pela primeira vez até O uso da Cloroquina e Hidroxicloroquina para os casos de Covid-19.
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A estudante Ana Júlia Rodrigues Alves, do 3º ano EM, foi uma das coordenadoras da simulação e destaca a importância da participação dos estudantes na SIMJOPA. “Um projeto de simulação é extremamente impactante na vida de um estudante do Ensino Médio. Não só porque é um projeto notório e bem visto por diversas universidades ao redor do mundo, mas porque nos ensina a debater e nos instiga a encontrar em conjunto soluções reais para os maiores problemas da atualidade. Não podemos mais deixar que o mundo sofra pela ação de líderes que não aprenderam a ouvir ao próximo. Um projeto como esse cultiva liderança, protagonismo e, mais importante ainda, dá voz aos adolescentes", explica a estudante.
Para o professor de História, André Pessoa, a SIMJOPA 2020 foi um grande desafio, mas que resultou em uma enorme satisfação. “Chegou a ser cogitado o cancelamento da edição desse ano devido às particularidades que estamos passando, mas não poderíamos deixar nossos estudantes sem esse projeto tão significativo. Arregaçamos as mangas e conseguimos adaptar todo o formato da SIMJOPA presencial para a versão on-line. E foi um grande sucesso! Os estudantes se adaptaram muito bem a esse novo formato, os debates foram incríveis e os comitês produziram ótimas propostas de resoluções. Dessa forma, a SIMJOPA conseguiu deixar em nossos estudantes as suas principais características: engajamento, protagonismo e despertar para futuras profissões", destaca o professor.
A
estudante Ana Júlia Rodrigues exalta a dedicação de todos os envolvidos para o
sucesso da simulação. “Coordenar a SIMJOPA foi umas das coisas mais
desafiadoras que eu já fiz em toda minha vida acadêmica. Não só foi preciso
reinventar as regras, o modelo, e toda a dinâmica da simulação, como foi
preciso me reinventar. Eu nunca pensei que uma Simulação poderia acontecer em
um modelo virtual, porque cada pequeno detalhe faz diferença. A verdade é que
nos apegamos demais às pequenas coisas, pois tudo que é necessário para que a
simulação aconteça são alunos cheios de força de vontade em querer aprender e
transformar o mundo. Foi essa vontade que fez da SIMJOPA um grande sucesso
desde sua primeira edição e vai continuar fazendo”, finaliza a estudante.