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Qual livro infantil marcou a sua vida?

16/04/2021
Formação
Estudantes celebram o Dia Internacional do Livro Infantil lembrando suas obras preferidas

​​O mês de abril é repleto de homenagens à Literatura. No dia 2, comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil (em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, que nasceu nesse dia no ano de 1805), no dia 18 de abril, temos o Dia Nacional do Livro Infantil (alusivo ao nascimento de Monteiro Lobato, em 1882) e, no dia 23 de abril, é o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor (alusivo ao falecimento de Cervantes e de Shakespeare, ambos em 1616). 

Como uma forma de marcar essas datas tão importantes para a Literatura, no início do mês, os estudantes das turmas de 9º ano e de Ensino Médio foram incentivados pela professora de Português e Literatura, Mônica Klen de Azevedo, a refletir sobre os seus livros favoritos da infância, sobre as primeiras obras que marcaram suas vidas como leitores.  Eles relataram como o contato com o livro infantil contribuiu para o seu desenvolvimento como leitores.   

Muitas memórias boas surgiram do debate. Os estudantes refletiram e relembraram como foram suas primeiras experiências de leitura, o primeiro contato com o livro infantil, as noites em que os pais contavam histórias para dormir, os aprendizados que tiveram com cada personagem e a releitura desses livros alguns anos depois. A partir de suas experiências como leitores, foram instigados a refletir sobre qual é a importância que a literatura infantil tem na vida das pessoas e no seu desenvolvimento. 

A atividade previa que os estudantes escolhessem um livro infantil favorito. Os livros mais citados foram: 

1. A maior flor do mundo, de José Saramago;

2. Alice no país das Maravilhas, de Lewis Carroll;

3. Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado;

4. Chapeuzinho amarelo, de Chico Buarque;

5. Chapeuzinho vermelho, de Charles Perrault;

6. Felpo Filva, de Eva Furnari;

7. Ímpar, de Marcelo Carneiro da Cunha;

8. O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry;

9. Pollyanna, de Eleanor H. Porter;

10. Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

Para muitos, foi difícil indicar apenas um livro marcante: “’O carteiro chegou’ me marcou porque o livro era divertido, pois tinha literalmente cartas dentro do livro e a leitura em si era uma leitura divertida. ‘O mistério do pônei relutante’ me marcou, pois foi o primeiro livro de suspense que li, e me despertou uma paixão em ler livros de suspense, que tenho até hoje”, relata Felícia Rocha, da turma 211.

Cada leitura representa algo diferente para as crianças. Para alguns, pode ser apenas um momento de descontração, para outros, é um momento de muitas aprendizagens. Todas as reflexões revelaram a importância que ler desde cedo tem para o desenvolvimento de leitores. Em suas respostas, os estudantes explicaram o impacto que o livro infantil teve em suas vidas: 

“Acho que o livro instiga a imaginação dos leitores, pelo conto de fantasia e até mesmo pelas belas ilustrações ao decorrer do livro.” Kauã Ramos Moraes, da turma 211, sobre “O pequeno príncipe”. 

“’O Elefante, e a generosidade’ foi um presente que ganhei Natal da minha dinda e como fazia bem.  Poucos meses que tinha aprendido a ler, esse foi um dos primeiros livros que consegui terminar sem que ninguém me ajudasse. Por isso, esse presente marcou tanto a minha infância.” Laura Dias Lopes, da turma 211.  

“Quando eu era mais novo eu tinha muitos pesadelos, medos... Minha mãe sempre lia esse livro para mim para eu me sentir melhor e resolver os meus medos de alguma maneira”. Tomás Vitorino Mendes, da turma 211. 

“Recordo do meu tio me dando de presente e eu lendo com meus pais. A história é contada através da música, por isso teve uma grande importância na minha vida, já que minha família é muito ligada a isso”. Sophia Paz Pereira, da turma 222, sobre “Pedro e o Lobo”, de Serge Prokofiev. 

“Acredito que ele foi um grande moldador do meu caráter e tem todo um significado familiar para mim!”. Camila Souza, da turma 231, sobre “Pollyanna”, de Eleanor H. Porter.

“Eu sempre fui uma pessoa que via problema em tudo e que reclamava muito, esse livro veio no momento certo, pois ela mostra que nem tudo é um problema, ensina a ver o lado bom de situações que consideramos ‘ruins’”. Tamiris Sonnemann, da turma, sobre “Pollyanna”, de Eleanor H. Porter.

 “Meu tio que, mora em Londres, comprou o livro para mim na sua viagem para o Brasil e, como eu quase nunca via ele, lia o livro para me lembrar dele. E também porque o livro é muito bom.” Carina Vieira Uliana, da turma 231, sobre “A maior flor do mundo”, de José Saramago. 

 “Este foi um livro que minha mãe me deu antes de fazer uma longa viagem. Quando eu sentia falta dela, eu abria o livro e pareciam palavras dela pra mim.” Eduarda Cidade de Oliveira, da turma 231, sobre “Adivinha o quanto eu te amo”, de Sam Mcbratney. 

​“Por ser, até onde eu me recordo, o meu primeiro livro, além de me marcar muito por conta da mensagem que se é passada, a qual eu levo para a minha vida desde que li.” Carlo Ruben Diniz Amoretti, da turma 231, sobre o livro “Se ligue em Você”, de Luiz Antonio Gasparetto. 

“Foi um dos primeiros livros que eu li sozinha, eu nunca gostei muito de ler, já que sempre foi meio difícil para mim. A história era algo completamente diferente, e eu me identificava muito com a protagonista.” Celeste Silva, da turma 231, sobre os livros de “Judy Moody”, de Megan McDonald.  

 OS livros infantis, ao serem relidos algum tempo depois, sempre nos abrem novas formas de ver o enredo da história e de perceber detalhes que antes não foram notados. Os estudantes que releram a obra da infância algum tempo depois, como leitores mais experientes, contaram que foi uma experiência bastante diferente. Guilherme Schneider, da turma 231, afirma sobre o “O pequeno príncipe”: “Foi muito interessante, desde pequeno minhas histórias têm um final melancólico ou em aberto, e nesse livrinho o mesmo ocorre, além de os ensinamentos e lições estarem claras. A compreensão do final, principalmente, mudou muito, mas o mais importante não mudou, ainda me encanta.” Arthur Fagundes disse ter relido o “Diário de um banana”: “A experiência foi muito boa. Apesar de já ter lido a obra anteriormente, o livro se manteve ainda muito interessante e engraçado”. 

Estímulo à criatividade, aumento do vocabulário, desenvolvimento da empatia são alguns dos benefícios que os estudantes relataram perceber no hábito da leitura. Segundo eles, o incentivo que tiveram na infância é o que os faz gostar de ler atualmente e a serem leitores assíduos e críticos. O estudante Lucas Melo, da turma 231, afirma: “’O mágico de Oz’ é uma grande inspiração para mim até hoje, principalmente artística, e é algo que molda seus gostos e te faz procurar leituras novas para matar sua curiosidade.”  

Amanda Moreira, da turma 231, acredita que “o incentivo à leitura desde pequeno é muito importante, pois nos ajuda em diversas situações, como aprender lições que levaremos para a vida, aprendemos a pensar por conta própria, a ter uma imaginação enorme. A leitura é fundamental para o nosso desenvolvimento.” A estudante Marcelly Santos, da turma 191, afirma que “com a leitura, podemos enxergar as coisas de uma maneira diferente. Com a leitura nos podemos nos tornar pessoas diferentes... Para mim leitura é a nossa base!”. 

As respostas foram variadas ao relatar os livros favoritos, mas algo em comum entre muitas respostas é que o primeiro contato com a leitura de obras literárias na infância ocorreu quando os pais liam as histórias antes de dormir ou na biblioteca escolar, com mediação de leitura.  

Com a pesquisa, os estudantes expuseram algo que todos já sabemos: ouvir ou ler histórias, desde a infância, é uma aventura prazerosa que permite desenvolver a imaginação, viajar para muitos lugares e conhecer diferentes realidades.

Confira abaixo alguns estudantes e suas leituras infantis preferidas.

Eduarda Cidade de Oliveira 231- AGORA.png 

Eduarda Cidade - 231

Gabriela Sawiak Chuma 221- AGORA.jpg 

Gabriela Sawiak Chuma - 221

Jade Turcato Soares 221-AGORA.png

Jade Turcato Soares - 221

Karolaine Suertegaray 231- AGORA.png
Karolaine Suertegaray 231​

Maria Eduarda Trevisan da Silva 192-AGORA.png

Maria Eduarda Trevisan da Silva - 192​


Rafael Rodrigues da Rocha 192-AGORA.jpg
​Rafael Rodrigues da Rocha - 192

Tamiris Paré Sonnemann 231-Agora.jpg
Tamiris Paré Sonnemann - 23​1


* Contribuição da professora de Português e Literatura Mônica Klen de Azevedo.