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Como incentivar o projeto de vida dos nossos jovens?

27/05/2022
Nosso jeito de educar
Componente do Novo Ensino Médio Marista busca desenvolver o autoconhecimento e auxiliar na construção de metas para o futuro

A adolescência é um período desafiador. É nessa época que surgem diversos questionamentos sobre o mundo e sobre si mesmo, tudo isso junto do aumento de responsabilidades e diante da iminente escolha para o futuro profissional.

Pensando nisso, o Ensino Médio Marista conta com um novo componente: o Projeto de Vida. A ideia é atender o protagonismo juvenil, de acordo com as suas preferências, incentivando o autoconhecimento e a descoberta dos outros e do meio em que vive.

Para a coordenadora pedagógica dos Anos Finais e Ensino Médio, Cristina Smidt, o projeto de vida é um espaço privilegiado de articulação de conhecimentos, competências e habilidades. "Estamos muito felizes com as reflexões e os retornos dos professores e estudantes sobre a oportunidade de vivenciar novas experiências e de projetar o futuro em diálogo permanente com suas dúvidas, angústias, perspectivas e contextos", relata.

Os estudantes do 1º ano EM deste ano são os pioneiros desse projeto. Os encontros são semanais, com um importante diferencial das aulas regulares, pois neste componente os jovens foram divididos em pequenos grupos, de acordo com a escolha do seu professor orientador de preferência, independente da turma.

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"O fato de ser um grupo pequeno ajuda muito porque acaba se estabelecendo um laço, uma conexão de confiança com eles", conta a professora de literatura Alana Vizentin. Responsável por um desses grupos, ela destaca que o Projeto de vida não é uma orientação profissional, e sim um projeto de acompanhamento. "Os jovens precisam disso, precisam de espaços de fala. Porque a escola não pode ser só um ambiente que tu vens e despejas um monte de matérias e tem um monte de trabalhos e prazos para cumprir. É um espaço de interação", complementa.

Esse acompanhamento ocorre através da dimensionalidade do passado, da identificação do presente e da sistematização do "projeto de vida", visando o futuro. Também tem um papel importante de intermediar esse diálogo deles com a família e com a escola, reconhecendo quais são as habilidade e dificuldades de cada um, buscando caminhos para o aprimoramento de conhecimentos e, a partir disso, a construção de objetivos e meios para alcançá-los.

A estudante Ana Laura afirma que esses momentos são valiosos não somente para a sua formação escolar, mas também para o seu desenvolvimento como pessoa. "Eu acho que todo mundo precisa um pouco disso. A gente se senta em uma rodinha, conversa, fala sobre a gente, sobre a nossa vida... enfim é muito bom", compartilha.

A satisfação dos jovens com o Projeto de Vida fica evidente no envolvimento nas atividades e também na frequência em sala de aula. Apesar de não existir avaliações formais, as professoras contam que faltas não justificadas são raras entre os grupos e as entregas em trabalhos são excelentes.  “O nosso desejo é que estes estudantes que têm o Projeto de Vida desde o 1º ano possam chegar ao final do Ensino Médio mais maduros, mais comprometidos com o vestibular e suas metas pessoais, vendo a vida e a escola mais seriedade", conclui.