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Momento Pastoral: Mês das mães e de Maria

05/05/2021
Espiritualidade
Maio é um mês bastante significativo por ser o período em que lembramos o dia das mães

​​​​Maio é um mês bastante significativo por ser o período em que lembramos o dia das mães. Ainda que, alguns de nós não tenhamos mais a convivência diária com as nossas mães, todos nós, sem exceção, fomos gerados e cuidados no ventre de uma mulher. Em alguns casos, não foi esta mesma mulher que nos criou, mas, ao longo da vida, recebemos amor e atenção de outras mulheres que se fizeram figuras maternas.

Na fé cristã, especialmente católica, o mês de maio é também chamado Mês de Maria, pois ela é uma figura de mãe muito importante. Uma jovem mulher, de um lugarzinho afastado dos grandes centros da época, que foi convidada a ser a Mãe do Filho de Deus. Ela aceitou o desafio e se tornou exemplo de fé, amor e cuidado. Maria é chamada de mãe por muitos povos, pois se ela é a mãe de Jesus e somos seus irmãos, ela se torna também nossa mãe. Mesmo povos não cristãos (ou não católicos) reconhecem Maria como uma figura importante na história da humanidade.

Ao dar o seu “sim", Maria tornou-se mãe do messias. Aceitou a missão de acolher e acompanhar a trajetória daquele que seria o grande sinal do amor de Deus para com a humanidade. Tornou-se exemplo de zelo, cuidado, respeito e amor para com todos. Acolheu os amigos do filho e o acompanhou na sua jornada até a cruz.  É nosso exemplo, também, quando pensamos nas nossas mães (ou nas pessoas que assumem o papel de mães), que buscam sempre estar ao lado dos filhos e não poupam esforços para vê-los felizes.

Um dos muitos relatos bíblicos nos conta que Maria foi convidada, junto com Jesus e os discípulos, para um casamento. Não tinha nenhuma responsabilidade com a organização ou serviços da festa. Poderia simplesmente ficar tranquila e curtir a festa como todos os outros convidados. Mas, Maria estava atenta a tudo a sua volta. Percebe as pessoas, percebe os acontecimentos. É a primeira a dar-se conta de que o vinho está no fim. Vai a Jesus, fala do problema, acolhe o tempo e momento do filho. Confia, acredita e confirma: façam o que ele disser. Na passagem das Bodas de Caná, Maria presente e atenta, nos lembra da importância de olhar, escutar e acolher os desafios para agir. Essa ação, muitas vezes, depende de uma outra pessoa. Não estamos sozinhos no mundo e, cada dia mais, precisamos formar redes de afeto e compromisso com o outro. Sem acolhida e escuta do jeito de Maria, pouco ou nada conseguiremos fazer.

Quando falamos em Maria, logo pensamos na mulher que foi escolhida para ser a mãe do Filho de Deus. Mas, quando falamos em Nossa Senhora, muitas imagens nos vêm à mente. São muitos os nomes pelos quais a mãe de Jesus se tornou conhecida, mas todos esses nomes são dirigidos a mesma pessoa: Maria de Nazaré. Cada pessoa ou povo busca uma forma de se identificar com Maria e, assim, sentir-se mais perto do próprio Deus. Alguns pensadores cristãos vão dizer que “Maria é a escada, ou a ponte, que nos aproxima de Deus". Não que precisemos de uma mediação para chegar a Deus, mas porque nos identificamos com a humanidade de Maria.

Temos alguns exemplos de identificação do povo representado nas imagens de Maria ao redor do mundo: Nossa Senhora Aparecida, reconhecida como padroeira do Brasil, Nossa Senhora de Guadalupe, considerada padroeira das Américas; Nossa Senhora dos Navegantes, bastante cultuada em Porto Alegre. Para nós, maristas, Maria tem lugar privilegiado na história do instituto e na vida de Champagnat que carinhosamente a chamava de Boa Mãe. Nossa Senhora Boa Mãe, imagem popular na França no século XIX, foi, entre as diferentes imagens de Maria, a que Champagnat conservou desde o começo até ao fim da sua vida. A estátua de Maria como mãe, tendo o Menino Jesus dormindo em seus braços, com o gesto infantil de chupar o dedo representa a confiança no colo materno. Ela inspira ternura e manifesta a presença amorosa de Maria. A figura do menino Jesus, sugere uma atitude de total calma e confiança em sua maternal proteção. Esta atitude de plena confiança foi fundamental na vida e na espiritualidade de São Marcelino.

Independentemente da imagem, da crença, da devoção ou do nome que a chamemos, o importante é lembrar que Maria foi uma jovem corajosa e forte, que assumiu a missão de gerar e cuidar o filho de Deus, que o acompanhou em sua missão e sempre manteve sua fé. É exemplo de mãe e mulher. É figura histórica e presente no nosso dia a dia, nos desafiando a amar e acolher a todos que chegam até nós.


*​Texto produzido pelo Serviço de Pastoral Escolar.


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