No documento Amoris Laetitia (a Alegria do Amor), o Papa Francisco nos recorda que somente o amor vivido de forma concreta no seio de cada família é capaz de nos fortalecer diante dos desafios que se apresentam diante de nós a cada novo dia.
Nesse tempo em que fomos forçados a mudar nossa rotina e orientados a ficar em casa, tivemos a chance de perceber a nossa família com um novo olhar. Precisamos nos adaptar às necessidades individuais que foram surgindo para que fosse boa a nossa convivência familiar. E, cada família, na sua particularidade, foi descobrindo o seu jeito de vivenciar essa nova realidade. Toda família é única e especial, constituída de mais ou menos membros. Independente do formato, das pessoas que estão conosco, o que prevalece é o amor que vamos vivenciando no decorrer dos dias.
Quando falamos de amor, família, viver junto, tudo parece muito simples, bonito, colorido. E, na maioria das vezes, de fato, é. Mas, cada um/a sabe das suas fragilidades, desafios e necessidades. Nem tudo são flores, existem alguns espinhos com os quais nos deparamos. Às vezes, cansamos, nos irritamos, não sabemos lidar muito bem com as ‘surpresas’ que se apresentam. Mas, amar é, também, desafiar-se ao novo: buscar e encontrar novas formas de acolher e cuidar das pessoas mais importantes para nós.
Como Maristas de Champagnat também nos sentimos desafiados a, mesmo distantes, seguir em família. Nossa família marista é grande, numerosa e diversa. E, nessa multiplicidade, buscamos a cada dia acolher, cuidar e amar do jeito Maria, nossa Boa Mãe. Lembremos que, ao lado de Maria, esteve sempre o bom José e, juntos, acolheram o projeto de Deus. José amou incondicionalmente, assumindo a paternidade do Filho de Deus, se desafiando e correndo todos os riscos que tal missão lhe reservava. José tornou-se, assim, exemplo de responsabilidade, afeto e cuidado para com a família que escolheu.