Nos primeiros anos da vida escolar, valorizamos o cuidado e o desenvolvimento pedagógico das crianças. Nessa fase, cada detalhe é importante para a construção do repertório de significados, contribuindo para que as crianças assimilem, desde cedo, a socialização, a autonomia, a cooperação e a solidariedade.
Pensando nisso, na Educação Infantil, existe a personagem conhecida entre as crianças como “Azulzinha". Esta, que existe desde 2013, estimula entre os alunos da Educação Infantil a importância da leitura e da cultura como forma de construção do imaginário. Desenvolvida pela educadora Carmen Lúcia, regente da turma 022, a protagonista comenta sobre seu amor em contar histórias aos pequenos, mas que recursos básicos como imagens e/ou varais estavam perdendo o efeito. Desta forma, encontrou-se aí uma nova forma de se trabalhar a ludicidade para o segmento.
Para isso, alguns itens são necessários: uma peruca e batons, ambos azuis (por isso o nome), e um jaleco. Este, que por sinal, contém diversos autógrafos de todos os alunos. Mas, sem nunca esquecer da “mala da azulzinha", pois nela existem desdobramentos das histórias contadas. Se a temática será sobre cores, certamente na mala se terão lápis e/ou giz de cera.
Carmen Lúcia comenta que a Azulzinha traz personalidades que a professora gostaria de ter em seu cotidiano. “O mundo adulto traz muitas formalidades, fugindo do imaginário infantil. Enquanto isso, a criança interage com as fantasias!", reflete Carmen. Neste contexto de isolamento social, a personagem proporciona um formato de aproximação diferenciado. “Trazer a Azulzinha para o ambiente digital chama muito a atenção a criança. Não preciso avisar que ela visitará a turma, apenas digo que virá uma pessoa, o que resulta em presença e atenção!", conclui Carmen, que percebe a complexidade de manter a atração das crianças no contexto virtual.
Presença em outros ambientes
A descontração da Azulzinha vai além dos muros do Graças, com a personagem participando de atividades voluntárias em escolas de Viamão. Carmen Lúcia menciona que a interação da criança em cenários mais humildes mais simples, levando alegria e mantendo o espírito da simplicidade, é algo notável. “Eles se encantam, pedem autógrafos, como se fosse uma celebridade!", compartilha Carmen.