Por Luana Gomes, professora de ciências humanas dos Anos Finais e Ensino Médio.
O dia 8 de março não é uma data de comemoração ou festa propriamente dito, pois a história das mulheres é marcada pela dor e batalha constante. E isso não pode ser desvivido, mas encarado como uma data a ser revisitada, repensada e nunca esquecida.
Infelizmente, essa data é pensada por muitos apenas como um dia especial do ano em que as mulheres são homenageadas e até presenteadas com flores e chocolates, o que as coisas não são bem assim...
Existem muitas controvérsias em relação à origem desta data. Uns associam à greve das mulheres em nova York, em 1911; outros ligam à Revolução Russa em 1917, entre outras datas e fatos. No entanto, o mais importante do que a data em si é o motivo de sua existência. O dia 8 de março deve ser visto mundialmente como um dia de reflexão, de mobilização, para que tudo que foi conquistado e construído nessa trajetória jamais seja esquecido, que nenhuma violência moral, sexual, simbólica ou física, nenhuma descriminação ou abuso de poder seja normalizado e aceito pela sociedade, evitando que os retrocessos ameacem as vitórias até aqui.
Que esse dia seja lembrados por todas as conquistas alcançadas por nós, mulheres, e principalmente lembrado por todos os problemas e obstáculos ainda não vencidos, como o feminicidio, a desigualdade salarial e tantas outras coisas que ainda insistem em nos perseguir. Termino essa reflexão com as palavras da filosofa e escritora Simone de Beauvoir: “Que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre".
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