A impressora 3D do Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre, utilizada por estudantes e educadores em atividades de prototipagem no Laboratório de Criatividade e Inovação, ganhou uma nova função em tempos de pandemia. Com a suspensão das aulas presenciais, o equipamento está sendo utilizado para a produção de protetores faciais de acrílico, conhecidos como face shields. No último sábado, 20/6, representantes do grupo Escoteiro Tupã-Ci doaram as primeiras 50 peças para comerciantes que trabalham nas imediações da instituição.
Mesmo em casa, os estudantes das seis turmas do 2º ano do Ensino Médio puderam acompanhar a produção, feita pelo setor de Tecnologias Educacionais de forma on-line. Responsável pela fabricação, o monitor Gabriel Vargas participou de um aulão promovido em parceria com o professor de Química Leandro Camacho para contextualizar o processo com os conteúdos do componente curricular.
“Demonstramos aos estudantes que os conteúdos de sala de aula estão inseridos em nosso dia a dia. Além disso, a importância de unirmos o conhecimento com este fazer diário e encontrar soluções para contribuir com a sociedade”, afirma Camacho. Entre os conceitos trabalhados estiveram, por exemplo, conteúdos de estequiometria e as reações químicas necessárias para criar o polímero PET que é derretido e moldado pela impressora. Na oportunidade, as turmas expressaram a intenção de doar os materiais aos comerciantes vizinhos do Colégio.
A base de cada escudo é feita com 40 gramas de filamento de polímero, material que serve de insumo para a impressora, e leva em média duas horas para ficar pronta. Posteriormente, uma folha de acrílico é acoplada à estrutura. Cada item custa cerca de R$ 3,50 para ser fabricado.
A previsão é que outras 50 unidades estejam prontas em cerca de 15 dias para serem doadas à comunidade.