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Como a iniciação científica é trabalhada na Educação Infantil e nos Anos Iniciais?

16/09/2021
Iniciação Científica
Assuntos sugeridos pelos próprios estudantes viram temas de pesquisas

​Curiosidade e vontade de aprender são características inerentes à infância, período da vida em que somos naturalmente mais abertos a descobertas, despertos para novos conhecimentos e propensos a maior encantamento para cada novo acontecimento. Contribuir para o desenvolvimento dessas virtudes por meio de projetos que estimulem a aquisição de conhecimentos e a construção de saberes é fundamental para que esse estágio único e especial seja aproveitado em toda sua potencialidade.

Nesse contexto, os estudantes do Colégio Marista Rosário são incentivados, desde os primeiros anos de sua trajetória escolar, a construírem seu próprio conhecimento por meio de projetos de iniciação científica​ (IC), contribuindo para o desenvolvimento de suas perspectivas, senso crítico e aplicação de aprendizados de forma prática, como agentes ativos que são, pois apostar  e  investir  nas  diversas  competências  das  crianças,  em  suas  capacidades  de  produzir  ideias  diferentes,  de  questionar  situações  e  verdades,  de   expressar   suas   opiniões   e   desejos   nas   situações   vividas   coletivamente são ações essenciais na pesquisa com crianças.

Segundo a supervisora de bibliotecas dos Colégios da Rede Marista, Patrícia Saldanha, a iniciação científica é um movimento que proporciona ações de incentivo à pesquisa com temas relevantes e pertinentes à realidade dos estudantes. “Busca-se, por meio da IC, localizar e selecionar a informações, problematizar, debater e refletir sobre diferentes temáticas relacionadas às quatro áreas de conhecimento, a partir de um olhar crítico sobre os fenômenos que os cercam, construindo novos saberes e, por fim, divulgando o conhecimento produzido", explica.  A abordagem e as atividades variam de acordo com o nível ensino. Saiba mais abaixo:​

Na Educação Infantil

De acordo com as Diretrizes da Educação Infantil, “é preciso pensar e compreender a infância como potencialmente capaz, com saberes prévios configurados pelas experiências vividas desde muito cedo".  Assim, o papel dos adultos e, sobretudo, dos educadores durante essa etapa é promover atividades que estimulem a curiosidade das crianças e instiguem a sua busca por novas descobertas, contribuindo para sua formação integral.

Pensando nisso, professoras da Educação Infantil desenvolveram um projeto que partiu do interesse manifestado pelos estudantes do Nível 3 a respeito dos vagalumes. A bioluminescência, fenômeno caracterizado pela capacidade apresentada por alguns seres vivos de transformar energia em luz, despertou a curiosidade das crianças e serviu de estímulo para atividades dos componentes de Ciências, Tecnologia, Música, Educação Física e Língua Inglesa, que envolviam experimentos com a utilização de luz negra e elementos que reagem a este tipo de iluminação. Uma sala da luminosidade foi construída com o objetivo de proporcionar aos estudantes diferentes experiências e vivências relacionadas às percepções sensoriais, grafismo e construções explorando a luz e o escuro.

Segundo a professora Bianca Abreu, por meio de propostas que circundam os interesses e potencialidades dos estudantes da Educação Infantil, eles se apropriam de novos fazeres, saberes, pensares, agregando conhecimentos, comportamentos e valores. “Além disso, incorporaram uma pluralidade de modos, de práticas, de ser e de estar no mundo através do seu protagonismo".

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 Nos Anos Iniciais EF

A partir dos Anos iniciais, os estudantes já apresentam maior capacidade de desenvolver estudos mais aprofundados, respeitando as limitações que sua idade e individualidades exigem.  Levando isso em conta, o exercício da pesquisa proporciona uma situação de aprendizagem capaz de dar conta do desenvolvimento de habilidades na busca e uso de informação, bem como promover a reflexão, o pensamento crítico e aplicação do conhecimento frente à aprendizagem.

 Para além da aquisição de repertório intelectual, desenvolver essas potencialidades é importante também para o desenvolvimento social, cultural e pessoal desses indivíduos ainda em formação. Aprender a buscar as informações em fontes confiáveis, registrá-las de forma estruturada e estabelecer conclusões sobre suas descobertas desenvolve a autonomia e a autoestima das crianças, ajudando a despertar a consciência de suas capacidades e do lugar que ocupam no mundo.

 Com base nesse entendimento, a monitora de laboratório de Ciências dos Anos Iniciais, Letícia Klimick de Freitas, desenvolve com os estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental um projeto sobre os animais, a fim de estudar suas características e aprender, também, sobre o ambiente em que vivem. Para realização das tarefas, os pequenos pesquisadores tiveram acesso aos animais do acervo do museu do Colégio e, utilizando Ipads disponibilizados pela escola, puderam fazer uma investigação mais aprofundada a respeito de um animal de sua escolha, sendo convidados a compartilharem suas descobertas e curiosidades sobre o objeto de pesquisa com seus colegas. “No andamento das aulas de Laboratório, observamos em específico, o desenvolvimento das borboletas, desde o ovo até a fase final, e trabalhamos também o desenvolvimento de outros animais, bem como suas características, com atividades investigativas", explica a educadora.​

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Neste nível de ensino, os estudantes compartilham com a comunidade escolar os resultados de suas pesquisas, reflexões e investigações acerca de temas que despertaram a curiosidade das turmas na Mostra do Saber*. O evento incentiva a utilização da investigação científica como instrumento de aprendizagem, relacionando os conteúdos das disciplinas curriculares e o desenvolvimento de trabalhos práticos.

 Quer saber mais sobre a iniciação científica no Colégio? Veja outros projetos aqui.

*Neste ano, excepcionalmente, a Mostra do Saber dos Anos Iniciais não será realizada devido às limitações impostas pela pandemia do novo Coronavírus.