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Cultura maker: estudantes constroem releitura de ponte da Praça La Valla

15/06/2022
Inovação
Atividade integra movimento de educação mão na massa

​Colocar a mão na massa e pensar fora da caixa são conceitos da cultura maker, ou “faça você mesmo”, que vem conquistando espaço na educação. No Marista Rosário, os estudantes são incentivados a serem protagonistas no processo de aprendizagem por meio de atividades que estimulam a criação, a investigação e a originalidade, buscando soluções criativas e trabalhando de forma colaborativa com diferentes materialidades. 

Os estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, estão construindo uma releitura da ponte pênsil da Praça La Valla, local onde vivenciam momentos de brincadeira e integração com os colegas, a partir do conceito e ferramentas make do. A atividade será o produto final da sequência didática da área de Ciências Humanas.​

O que é uma sequência didática?

A sequência didática é um conjunto de atividades ligadas entre si, planejado para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizada de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus estudantes, envolve atividades de aprendizagem e de avaliação.

Etapas de aprendizagem

Inspiradas na temática “pontes” e seus múltiplos significados, as atividades da sequência tiveram início com a leitura da história A Ponte, do autor Eliandro Rocha. A partir dela, as turmas foram convidadas a refletir e construir percepções sobre os vínculos que nos conectam às pessoas nos diferentes espaços de convivência: escola, família, amigos e grupos sociais. O livro trouxe para a sala de aula o seguinte questionamento: O que é possível unir por meio de uma ponte?

Depois das reflexões, as turmas produziram desenhos de observação e releitura da ponte da Praça La Valla, tendo em vista sentimentos que criam pontes entre as pessoas, análise de imagens de pontes existentes em Porto Alegre e no mundo, leitura de histórias, mapa conceitual a partir da palavra ponte, rimas, entre outras referências.​​​

A ponte será construída com blocos, caixas e placas de papelão, fitas, tinta e muita imaginação. “Esta iniciativa traz um impacto importante na potencialização das experiências de autoria e criação por parte das crianças, exploração o universo lúdico, a espontaneidade, a investigação, a criação de hipóteses, o processo de tentativa e erro, o trabalho em equipe, enfim, o percurso de aprendizagem”, explica a professora Raquel Moresco.

Todo o processo será realizado no LabCriar, ambiente maker do Colégio, que possibilita o aprofundamento dos conhecimentos dos estudantes, com o objetivo de promover a investigação, a prototipação, a originalidade e a inovação na comunidade escolar.  É neste espaço cooperativo personalizado, de organização espacial flexível e que disponibiliza recursos de baixa e de alta tecnologia para estimular a criatividade e a autonomia, que os estudantes construíram figuras geométricas, unindo as placas de papelão. 

Assim que as peças da ponte estiverem prontas, os estudantes irão pintar com tinta, personalizando cada bloco. Na sequência, serão aplicadas fichas com palavras importantes que inspirem a travessia de todos na experiência de passagem pela ponte.​

O papel do educador na cultura maker​

O conceito do movimento maker é que o estudante seja sujeito ativo no processo de aprendizagem, ficando o professor no papel de colaborador. Para compreender o conceito, os professores regentes e especializados dos 1º e 2º ano dos Anos Iniciais, participaram de uma formação sobre a temática ainda em abril. 

O encontro teve como objetivo apresentar a proposta da Gerência Educacional da Rede Marista. O grupo também colocou a mão na massa e construiu diversos objetos, já pensando nas práticas de sala de aula com as turmas. 

A coordenadora pedagógica do 1º e 2º ano EF, Luiza Emmel, explica que as atividades com o make do são planejadas pelas professoras, de acordo com o planejamento do ano, com intencionalidades bem definidas, enriquecendo as aprendizagens dos conteúdos previstos. “É mais uma possibilidade de aprender de uma forma lúdica e significativa”, completa.​