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Dúvidas sobre o Ensino Remoto? Nós esclarecemos!

10/03/2021
Educação
Educadores respondem os principais questionamentos das famílias sobre as aulas online

​O ano letivo 2021 iniciou, e, com ele, a esperança de dias melhores. De vacina, de liberdade, de retorno ao trabalho, da volta à escola e de reencontros. No entanto, apesar de termos recomeçado, o contexto permanece incerto e exige cautela e paciência, especialmente quando falamos de educação. Como lidar com as incertezas em relação aos filhos na escola? E se eles não aprenderem? E se não se alfabetizarem? E se não conseguirem construir vínculos com colegas e professores? Como ficará a questão emocional e a adaptação no online? Será que lacunas de aprendizagem serão retomadas? ​

Estas são algumas perguntas que permeiam a rotina familiar à medida que acompanham as aulas remotas em seus lares. De fato, a educação se dá a muitas mãos e a parceria entre a escola e a família nunca foi tão necessária. No Colégio Marista Rosário, acreditamos que os desafios do ano poderão ser superados se essa relação for de confiança e de diálogo frequente, aberto e transparente. Para a orientadora educacional do 1º e 2º anos EF, Mariana de Souza Arieta, já fomos desafiados a aprender isso com o ano que passou, pois “ressignificamos relações, estivemos distantes fisicamente, porém mais conectados do que nunca com o mundo e com o nosso eu. Aprendemos sobre nós mesmos, sobre os outros e sobre reciprocidade”, afirma.

Pensando em esclarecer os principais questionamentos das famílias sobre as aulas online, convidamos educadores do Colégio para responderem algumas dúvidas. Para fazer esse levantamento, realizamos uma enquete na página do Instagram do nosso mascote, Periquito Rosariense. Confira abaixo as principais questões:


• Como posso cuidar do emocional do meu filho frente ao ensino remoto? (95% das famílias indicaram ter essa dúvida por meio da enquete)​

Um diálogo aberto, que respeita os conhecimentos prévios e a capacidade de entendimento dos filhos, é importante para a manutenção do equilíbrio emocional. Os pais são continentes para os filhos, são o porto seguro deles. Conversar para entender e valorizar o que os filhos relatam fortalece os vínculos familiares, essenciais para que se sintam acolhidos e seguros neste período de incertezas. No ambiente virtual escolar, o convívio social, fundamental para o desenvolvimento humano, é incentivado no ensino remoto por meio das estratégias de interação que os professores lançam em suas aulas. Em acréscimo, um dos aspectos basilares da educação Marista pressupõe a formação integral dos estudantes no Colégio, promovendo o desenvolvimento de habilidades socioemocionais que fornecem ferramentas para o autoconhecimento e o gerenciamento das emoções, o que leva a constituição de sujeitos emocionalmente competentes, e, portanto, mais autônomos e protagonistas. Situações que requerem atenção dos responsáveis à saúde mental dos filhos, envolvem aquelas em que demonstram, por longo período, sintomas como, por exemplo, falta ou excesso de: sono ou apetite, agressividade ou passividade, preocupações exageradas ou embotamento, ansiedade ou apatia, etc. Nos casos em que estes exemplos estejam interferindo na vida do filho e/ou da família, os pais devem buscar apoio de profissionais especializados. ​

Como família, o que posso fazer para ajudar? Nos tempos livres da família, procure realizar atividades que não envolvam tecnologias (trabalhos manuais, jogos e brincadeiras). Além disso, estimule os momentos de interação virtuais com amigos e familiares, evite permitir que seu (sua) filho (a) tenha acesso a notícias que possam fugir da sua compreensão. 


• Como ajudar meu filho para que ele aceite ficar por tanto tempo em frente ao computador durante as aulas online? (87% das famílias indicaram ter essa dúvida por meio da enquete)

A psicologia coloca que as crianças, muitas vezes, não conseguem traduzir suas angústias em palavras, expressando-as de maneiras distintas. A resistência às aulas remotas pode ser uma delas. Por outro lado, a questão pode estar vinculada ao período natural de adaptação à mudança de rotina, o que ocorreria igualmente no presencial e, com o tempo, os filhos iriam se ajustando, deixando a liberdade das férias e internalizando as exigências escolares. Para facilitar este processo, invista na organização de um espaço de estudos, bem arejado, iluminado e longe de estímulos como televisão, celular, etc. Ajude-o a manter seus materiais organizados e em local de fácil acesso. Conecte seu filho às aulas e faça combinações, aumentando gradativamente o tempo de permanência e cumprindo com o que for combinado. Desta forma, ele(a) sentirá segurança para atender as combinações realizadas. Além disso, o diálogo sobre a importância do estudo e da necessidade de frequentarmos a escola desta forma é imprescindível para atribuir significado ao tempo destinado ao computador.

• Meu filho vai construir vínculo com professores e colegas? (69% das famílias indicaram ter essa dúvida por meio da enquete)​

O sujeito é essencialmente um ser de relações e a escola é lugar primordial de convívio social para além do familiar. A convivência no colégio possibilita a criação de vínculos com os outros, professores e colegas. Neste “novo normal”, os vínculos são construídos por meio da tela, que promove uma infinidade de ações criadas para o ensino, a aprendizagem e o convívio. À medida que o estudante vai tendo contato, conhecendo os seus professores e colegas e se relacionando, mesmo que pelas telas, vai se sentindo pertencente ao grupo e sim, vai construindo vínculos. Cabe aos pais incentivar o engajamento dos filhos às propostas, bem como promover ocasiões de convivência. 

Nesta perspectiva, o Projeto Nós na Rede e a Netiqueta, que norteiam o convívio no espaço virtual, auxiliam a comunidade rosariense com o uso assertivo das ferramentas on-line e das redes sociais. Para além das práticas escolares, com intuito de minimizar os efei​tos da ausência dos colegas e amigos, significativos na vida dos filhos, os pais podem estimular a interação por meio de encontros virtuais programados. 

Os questionamentos presentes nesta matéria foram respondidos pelas orientadoras educacionais Alessandra Paschoal e Mariana Arieta. Ressaltamos que não existem regras prontas a serem seguidas pelas famílias, que cada criança é única e cada caso deve ser analisado na sua singularidade.  Em caso de dúvidas, peça ajuda ao Serviço de Orientação Educacional do Colégio ou o setor que tiver interesse em dialogar. Os contatos de cada nível de ensino estão disponíveis no Guia Escolar, disponível aqui.​