Dando continuidade à série de conteúdos sobre as
formações realizadas para as famílias nos meses de março e abril, saiba como
foi a conversa entre pais do 1º ano EF e a equipe pedagógica da escola sobre o
tema Nós em Rede com as famílias: reflexões sobre a alfabetização em
tempos de ensino remoto:
Sobre
o tempo do estudante na aula online: a equipe ponderou que cada criança tem seu ritmo e vai
precisar de um tempo diferenciado, e por isso precisamos ter flexibilidade. Se
for necessário, dê preferência ao tempo de aula com a professora titular com
quem o estudante possui maior vínculo, para depois, aos poucos, ir entrando nas
aulas especializadas. Mas os pais devem ficar atentos e avisar a escola se seu
filho estiver desmotivado para as aulas. As famílias podem ajudar a transformar
a escola em algo gostoso, lúdico, “que lembrança que eu quero que meus filhos
guardem deste momento?”. Por mais que seja difícil, temos que tentar
transformar este período de ensino remoto em algo positivo. Usar uniforme e ter a mochila
e materiais organizados são importantes também neste momento de atividades
remotas, pois demonstram pertencimento ao Colégio e evidenciam que neste
momento, a escola está no espaço de casa, sendo tão importante quanto o ensino
presencial.
Sobre
a presença dos pais nas aulas online: sabemos que as crianças precisam muito dos pais, mas elas
também precisam de um espaço delas, então depende muito de cada uma, temos que
olhar para a individualidade e para as necessidades evidenciadas.
Sobre
o processo de alfabetização: os pais não têm que alfabetizar os filhos, esse é um papel
da escola. O papel dos pais é passar valores e segurança aos filhos. As professoras são
especialistas nisso, então fiquem tranquilos que a alfabetização irá acontecer.
No ensino presencial também é comum que as crianças se alfabetizem em tempos
bastante distintos. Os processos de aprendizagem estão ocorrendo mesmo no
ensino remoto, pois os objetivos do ano seguem sendo os mesmos do presencial,
mas com outras estratégias, que possam ser realizadas no online.
Sobre
o tempo da alfabetização:
mesmo no presencial, não é no primeiro mês que os pequenos vão ler e escrever:
a alfabetização é um processo longo e cada criança tem seu tempo próprio. As
comparações entre os colegas da turma não devem gerar angústia, é normal que as
famílias fiquem ansiosas, mas cada criança tem seu ritmo. É muito cedo para
fazermos qualquer diagnóstico, mas as professoras estão acompanhando todas as
crianças para, se necessário, fazer a intervenção mais adequada. Ao longo do
primeiro trimestre, as famílias serão chamadas individualmente para dar um feedback
sobre os estudantes. Não há necessidade
de contratação de professores particulares. A escola dispõe de estratégias de
acompanhamento e ampliação dos momentos de aprendizagens para os estudantes que
necessitarem de apoio extra.
Sobre
a carga horária e divisão das turmas em grupos: a carga horária do 1º ano EF
é menor em função da qualidade das aulas, possibilitando a divisão em grupos
para facilitar o processo de alfabetização e, também, da suportabilidade das
crianças em frente à tela. Com menos
estudantes por grupo, há mais possibilidade de fala de cada estudante,
potencializando a qualidade do período. Lembrem-se que tempo de tela nem sempre
se refere ao tempo de aprendizagem, também há atividades assíncronas,
planejadas pelas professoras.
Sobre a correção das atividades e temas: a
criança precisa passar por alguns processos para se alfabetizar, entre eles, o
erro. Os pais não precisam enviar as tarefas corrigidas para as professoras,
pois elas precisam visualizar as dificuldades para planejar a melhor
intervenção. É muito
importante para a educadora saber como a criança está pensando essa escrita,
mesmo que esteja convencionalmente errada, pois a partir desta escrita e das
hipóteses das crianças, vão sendo planejadas atividades específicas que
possibilite o avanço nos níveis de alfabetização.
Sobre
a prática de atividades físicas: é muito importante para o desenvolvimento da motricidade
das crianças e para a aprendizagem como um todo. Amarrar cadarços, colocar o
cadarço no tênis, se vestir, amassar papel, rasgar papel, fazer formatos de
massinha de modelar, cozinhar biscoitos em diferentes formatos, ajudar a
separar feijão: tudo isso ajuda no desenvolvimento da motricidade fina, da
autonomia e da aprendizagem que passa por este corpo. Proporcionar atividades
físicas, principalmente em tempos de pandemia e isolamento é um desafio, mas
uma necessidade para o bem-estar físico e mental das crianças.
Este momento ficou gravado. Se quiser assistir, entre
o contato com o Colégio pelo e-mail [email protected] e solicite
o link da gravação.