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Nós na Rede: assistir e aprender no ensino remoto

24/05/2021
Nosso jeito de educar
Confira o conteúdo abordado no encontro realizado com as famílias do 7º ao 9º ano EF

Dando continuidade à série de conteúdos sobre as formações realizadas para as famílias nos meses de março e abril, no dia 8/4, o neuropediatra Dr. Cléber Silva e da psicóloga e doutora em Neurociências Dra. Luciana Tisser falaram sobre Entre assistir e aprender: possibilidades no ensino remoto para famílias do 7º ao 9º ano EF. Saiba quais foram os assuntos tratados no encontro:

• A aula online é um desafio tanto para as escolas quanto para estudantes e pais, e todos estão se esforçando para fazer o seu melhor. 

• Os estudantes dos Anos Finais tiveram toda uma trajetória presencial de aprendizagem, que teve que ser alterada para a modalidade online.  Na aula presencial, tinham pouca interferência, o professor tinha mais gerência sobre os comportamentos, mas no ensino remoto, o professor está distante e eles estão em um ambiente (o quarto) cheio de distrações, pois este local foi feito para lazer e prazer, principalmente para o adolescente. E agora a sala de aula “invadiu” esse local e neste ambiente as distrações estão aumentadas em relação às aulas ou podem ganhar das aulas. 

• O que os pais podem fazer? Não deixe tudo com os filhos, eles precisam de um apoio acolhedor e não cobrador. Entre no mundo deles e descubra quais são suas dificuldades, pois às vezes os filhos não pedem auxílio, mas demonstram que estão atrapalhados. Avalie com seu filho se os estímulos do quarto podem ser reorganizados, limitando distrações durante o período de aula.

• Ajude-os a gerenciar as emoções e auxiliar na ansiedade e na tristeza.  Problemas de fundo emocional aumentaram muito neste período, pois os adolescentes foram privados de muitas coisas na pandemia: eles têm muitas exigências e pouco prazer. Para lidar com as exigências, eles têm que buscar prazeres, e neste ponto os pais devem ajudar, sem culpá-los, pois dar feedbacks negativos faz com que eles se desestimulem ainda mais. Confie e se coloque do lado dele, dando limites. Estimule-os a encontrar-se com amigos de forma virtual, pois amigos são fundamentais na adolescência. A situação é desafiadora, mas estamos todos passando por ela, então é importante estimular a resiliência.

• O grau de adoecimento psíquico pode moldar o cérebro para permanecer neste sistema de ansiedade e depressão e isso pode impactar a aprendizagem futuramente. Busque ajuda, não deixe passar muito tempo, procure resolver o quanto antes.

• Oriente-o a levantar da cama, se vestir, escovar os dentes e “ir pra aula”, mesmo que ele não saia do quarto. A atenção ficará prejudicada se o estudante assistir a aula deitado na cama, mexendo no celular, desse jeito não haverá disposição cerebral para prestar atenção na aula.  

• Para quem está apresentando muita dificuldade de aprender, os pais podem ajudar ou chamar alguém para auxiliar a organizar a rotina de estudos, fazendo resumos, revendo a gravação da aula, direcionando metas, gerenciando o tempo e mantendo a atenção. E lembre-se: o adolescente tem que ter horário para dormir.

• Os especialistas sempre lutaram muito contra o tempo de uso de telas, e daí vieram as aulas online. A tela exige muito mais atenção, sobrecarregando nosso sistema nervoso central e isso vai fadigando. Porém, diante do cenário atual, precisamos nos adaptar, considerando que essa é a forma de manutenção das aulas e, muitas vezes, das relações sociais entre os adolescentes.

• Aprender é uma atividade social, é coletivo, exige interação e a tela não interage. É importante a participação ativa da pessoa na construção do conhecimento, por isso  as interações entre eles através do chat e microfone são fundamentais.


Este momento ficou gravado. Se quiser assistir, entre o contato com o Colégio pelo e-mail [email protected] e solicite o link da gravação.