O Marista Rosário acredita que a relação família-escola é fundamental no desenvolvimento dos estudantes. Por isso, aposta no diálogo e investe na formação de pais e responsáveis. Nos meses de março e abril, promovemos encontros do Projeto Nós na Rede, direcionados especialmente a esse público. Nas próximas semanas, você acompanha uma série de conteúdos sobre os assuntos abordados.
O primeiro encontro, Conexões em Tempos de Pandemia: entre o brincar e o aprender, foi realizado no dia 24/3 para famílias do 1º ao 3º ano EF e contou com a participação do psiquiatra Felipe Picon e da neurologista Fabiana Mugnol e com a mediação das orientadoras educacionais dos Anos Iniciais, Alessandra Paschoal e Mariana Arieta.
Felipe tranquilizou os pais dizendo que as crianças realmente aprendem no ensino remoto, mas que é preciso respeitar o tempo de cada uma. Já Fabiana explicou que nesta faixa etária, os estudantes estão amadurecendo várias partes do cérebro ao mesmo tempo, por isso é difícil para eles prestarem atenção na tela e fazer o registro ao mesmo tempo. “Os pais devem respeitar os limites das crianças, e não apenas os cognitivos, mas também a individualidade, o tempo de cada um, o pertencimento e, acima de tudo, o contexto de cada família", afirma.
Para ajudar os filhos a serem menos dependentes das telas, os pais podem proporcionar outras atividades e estímulos, além dos eletrônicos, pois se ficarem muito com único estímulo, acabam perdendo outras habilidades.
Os profissionais convidados foram questionados quanto ao tempo que as famílias devem acompanhar as aulas online do filho, e explicaram que depende. “Cada criança tem uma necessidade de intervenção de acordo com as suas características. O papel dos pais é fazer um direcionamento, sempre tentando conceder autonomia", explica Fabiana. A neurologista sugere: estar presente em um tempo maior nos primeiros momentos, observando desenvolvimento do filho, se está conseguindo fazer as atividades sozinho e com qualidade. “À medida que a criança vai se tornando mais assertiva, ela sente mais prazer em fazer a atividade, se sente mais recompensada e daí os pais podem conceder uma autonomia maior", finaliza.
Uma das questões levantadas pelas famílias foi sobre o estabelecimento de rotinas e os dois profissionais afirmam que ela é fundamental. “E não só para os pequenos, mas para os adultos também, pois as crianças seguem o exemplo da sua família", acrescenta o psiquiatra. Segundo a médica, o nosso cérebro está programado para aprender com a repetição, vamos nos aperfeiçoando de acordo com as experiências que temos e por isso é muito importante que a gente tenha rotinas de sono, alimentares e de atividade esportiva. “Principalmente em tempos de pandemia, quando todo neurodesenvolvimento precisa ser estimulado: a motricidade, a organização deste espaço, a cognição, os aspectos sociais e aspectos afetivos".
Este momento ficou gravado. Se quiser assistir, entre o contato com o Colégio pelo e-mail [email protected] e solicite o link da gravação.