Nutrir o corpo de maneira correta resulta em mais disposição, melhora a capacidade física e favorece a atenção, a memória e a concentração, entre outras habilidades que refletem no desempenho escolar de crianças e jovens. Por isso, a professora de Biologia, Simone David, propôs que os estudantes do 1º ano do Ensino Médio repensassem seus hábitos alimentares, estabelecendo uma conexão entre a rede de significados pessoais com os conhecimentos do componente curricular, relacionando aspectos nutricionais abordados no estudo da composição química dos alimentos com o cotidiano de cada adolescente.
Denominado Nutrição e Cotidiano: repensando hábitos alimentares, o projeto levou as turmas a verificarem, por meio de aplicativos como TecnoNutri e MyFitnessPalse, se a proporção entre os nutrientes ingeridos diariamente está adequada com a recomendada para a faixa etária e sexo de cada estudante. Além disso, capacitou os jovens a identificarem alimentos que contenham excesso de açúcar ou substâncias como colesterol ou ácidos graxos saturados, e apresentar às turmas os principais transtornos alimentares.
Para tornar a aprendizagem significativa, a professora atuou em parceria com nutricionista do Colégio, Ana Cláudia Gonçalves, e utilizou metodologias diferenciadas para chegar ao objetivo de ampliar a rede de significados e sentidos em relação à alimentação. “Abordamos, além dos aspectos biológicos, fatores sociais, ambientais, econômicos e culturais que influenciam ou determinam os hábitos alimentares e a construção de nossa identidade”, explica Simone.
Entre as atividades desenvolvidas esteve a proposta de estudo de situações clínicas como diabetes, hipertensão, intolerância à lactose e glúten, entre outras, que estão associadas à alimentação e a proposição de produção e degustação em aula uma receita validadas por profissionais da saúde, com ingredientes saudáveis e adequados à diferentes dietas.
Para a estudante Maria Luiza Dahlem, um dos ganhos do projeto foi o incentivo ao consumo de alimentos in natura e nutritivos e também a conscientização sobre os transtornos alimentares. “Aprendemos que a forma como nos relacionamos com os alimentos é muito importante para uma vida saudável”, considera.