A brincadeira vem sendo cada vez mais discutida e entendida como um processo significativo para o desenvolvimento das crianças. No último ano, muitas delas passaram a usar os pop-its, brinquedo formado por bolinhas de silicone apertáveis. Com diferentes tamanhos, cores e formatos, ele se tornou febre entre os pequenos e, assim como outros brinquedos lúdicos, possibilitam a diversão e o estímulo da criatividade e da atenção. Em sintonia com essa realidade, professoras do 4º ano EF utilizaram o material nas aulas de Matemática.
O uso do brinquedo ajudou os estudantes a criarem estratégias para resolver problemas, memorizar a tabuada e aprender sobre os sistemas de localização, por exemplo. “Criamos jogos que utilizaram os pop-its como ferramenta, mas com objetivos completamente diferentes do proposto pelo próprio brinquedo. Isso fez com que os estudantes se envolvessem ainda mais nos momentos propostos, criando novos jogos e novas regras, demonstrando que é possível aprender brincando", explica a educadora Fernanda Longo.
De acordo com as Matrizes Curriculares da Área de Matemática e suas Tecnologias, não existe um caminho único e melhor para o processo de ensino e de aprendizagem da Matemática. Os jogos, por exemplo, são uma boa opção, pois possibilitam a aproximação do componente curricular com os significados de conceitos matemáticos. As situações de aprendizagem desenvolvidas por meio de jogos podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades como observação, reflexão, organização, análise, levantamento de hipóteses e tomada de decisão, já que o estudante tem a oportunidade de resolver problemas, investigar, refletir, analisar as regras e descobrir a melhor jogada, possibilitando uma situação de desenvolvimento da linguagem, a partir de diferentes processos de raciocínio, prazer e aprendizagem.
No Marista Rosário, as brincadeiras são realizadas para além da dimensão lúdica, em ambientes desafiadores, estimulantes e interativos, nos quais o estudante constrói conhecimentos. Segundo a professora, todas as novidades que circulam nas mãos das crianças podem e devem ser utilizadas em contexto escolar, pois geram engajamento, interesse e deixam a aprendizagem mais significativa. “A presença dos pop-it ou de outros brinquedos e jogos devem ser considerados pelas escolas dentro de suas possibilidades, mostrando que tudo pode ser usado de forma salutar e criativa, quando proposto com a intenção de uma aprendizagem integral, sempre com mediação de educadores", explica.
Sobre o brinquedo
O pop-it faz parte da categoria de fidget toys, em uma tradução literal do inglês, “brinquedos para inquietação", que tendem a ajudar no foco e na atenção, também trazendo estímulos visuais e sensoriais. O pop-it tem “bolhas" que podem ser empurradas, fazendo um suave estalo. Após pressionar todas elas, você pode virar o brinquedo e começar novamente do outro lado. Ele tem o mesmo mecanismo do plástico bolha, sendo praticamente impossível estourar uma bolha só. O brinquedo foi criado pelo casal de designers de jogos Theo Coster e Ora Coster, os mesmos criadores do jogo “Cara a Cara".
Dica para as férias: construa o seu
No Youtube, há vários vídeos tutoriais ensinando a fazer seu próprio pop-it, como este: