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Artigo da Vice-diretora: Um olhar positivo para um novo contexto

27/08/2020
Educação
Neste tempo em que vivemos, é de grande importância desenvolvermos a habilidade de lidar com as mudanças

Vivemos um tempo de pandemia, o qual jamais imaginávamos passar em nossas vidas, e este momento exige de nós paciência e compreensão. Este período que estamos atravessando, com certeza nos deixará muitas marcas.  Neste caminho, podemos fazer nossas escolhas, aprendemos de formas diferentes, nos reinventamos, criamos algumas convicções e intensificamos o uso das tecnologias. Como diz o poeta “o sabor da viagem está na travessia”, então, com um olhar otimista, podemos retirar algo de bom nestas experiências que estamos vivenciando. E tudo isso serve para o crescimento pessoal de cada ser humano.  

Todos estamos aprendendo nesta jornada, gestores, educadores, famílias e estudantes. Fomos convocados a transformar nossos lares em ambientes de aprendizagem.

As salas não abrigam apenas nosso lazer; a cozinha não serve apenas para produzirmos e degustarmos nosso alimento; os quartos não são mais apenas ambientes de descanso e conforto. Estes e outros tantos lugares de nossas casas transformaram-se em salas de aula, onde conectados vamos desenvolvendo o processo de ensino e aprendizagem.

É de grande importância desenvolver a habilidade de lidar com as mudanças, preservando o equilíbrio emocional. Precisamos nos reinventar para enfrentar esta instabilidade em todos os campos e viver este novo normal.

Então, qual é o papel da escola e qual o papel da família neste novo contexto de aprendizagem dos estudantes?

A família sempre foi um porto seguro, independentemente de sua constituição, e neste momento a necessidade de exercer este papel está sendo de suma importância. Ela tem o dever de preservar a segurança, o diálogo e o afeto. Também proporcionar um ambiente adequado que garanta o movimento do estudante em prol da aprendizagem.

Muitos pais ou responsáveis estão trabalhando em home-office e, neste caso, conseguem acompanhar mais de perto seus filhos durante as aulas on-line, com dificuldades ou não. Já a grande maioria está trabalhando normalmente em seus locais de trabalho e ficam distantes e sem possibilidade de acompanhamento deste processo com seus filhos. São várias realidades familiares que interferem no processo de ensino-aprendizagem que os estudantes estão vivenciando. 

Apesar desta condição, a construção de hábitos de estudos saudáveis e o desenvolvimento da autonomia do estudante são muito relevantes e necessários neste momento que estamos vivendo.

A escola desempenha o seu papel, auxiliando no desenvolvimento das habilidades cognitivas dos estudantes, onde os conteúdos chegam até eles das formas mais criativas e variadas. É necessário muita sensibilidade e equilíbrio por parte dos educadores, para condução do processo educativo. Para eles, este momento também exige mudanças e o fato de estar distante ocasiona uma certa angústia.   Mas, com maestria, os educadores encontram diversas formas para diminuir a distância e aumentar aproximação com o estudante. Mesmo sendo um grande desafio, esta troca acontece neste ambiente virtual.

Outro fator que influencia muito no comportamento dos estudantes é a distância dos amigos e colegas. Esta relação é imprescindível e, neste momento, estar distante fisicamente é muito dolorido, a falta do toque, do abraço, torna tudo ainda mais difícil.

Enquanto Colégio Marista preservamos e levamos adiante a missão e o legado de São Marcelino Champagnat, pautado na preocupação constante com a educação integral das crianças e jovens, sensível a realidade de seu tempo, confiando e rogando a Maria Boa Mãe, com audácia em seus projetos e gratidão às suas conquistas. Ele também nos inspira a ser presença significativa junto às pessoas. E este desafio de sermos presença, mesmo distantes, nos impulsiona e nos motiva a seguir nossa missão e nosso compromisso com a aprendizagem dos estudantes.

Seguimos no processo educativo sem perder jamais a motivação de atingirmos nossos objetivos, nossas metas, nossos sonhos, superando as frustrações e os estímulos estressantes, e trabalhando com fé e empatia no intuito de desbloquear algumas tensões criadas por este isolamento social.

Nossas expectativas, muitas vezes, nos aprisionam, e não temos o controle de tudo e nem as respostas para todas as perguntas. Vamos nos adaptando e nos moldando para este novo fazer, para esta nova condução do ensino e da aprendizagem, visando sempre e de forma imparcial o bem comum.