Páscoa é sinônimo de passagem. Passagem da morte para a vida, da dor para a graça. É a novidade do renascer, a possibilidade de novas decisões e novos acontecimentos. Recordamos a grandeza do Filho de Deus, que superou os próprios limites em nome de um amor incondicional pela humanidade. O tempo inteiro somos experiência de passagem, e, na Páscoa, ela ganha um novo sentido, pois nos ajuda a pensar quais são as libertações que precisamos ainda viver. Jesus inaugura em nós uma nova Páscoa, nos dando o auxílio divino para superar nossos processos naturais de êxodo na vida humana.
Na Semana Santa, com Jesus Nazareno, refazemos o percurso do calvário, carregando as nossas cruzes, a fim de que, com Ele, ressuscitemos na esperança, na alegria de viver e no compromisso com o projeto de uma nova humanidade, derrubando muros de divisão e criando pontes de aproximação.
Nestes tempos pandêmicos em que, distantes uns dos outros, numa atitude de responsabilidade com a vida e com a saúde da humanidade, celebremos o mistério da salvação unidos pela fé e pelo amor.
Assista ao vídeo sobre a nossa Reflexão de Páscoa para este ano:
Domingo de Ramos
Na celebração do Domingo de Ramos, que dá início à Semana Santa, lembramos a entrada de Jesus em Jerusalém, sendo aclamado pelo povo: “Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor" (Mc 11,9).
A tradição da benção dos ramos está relacionada ao fato de que, naquele episódio da vida de Jesus, “o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento" (CNBB).
Os ramos abençoados lembram a presença de Deus e a adesão ao projeto de vida de Jesus Cristo.
Quinta-feira Santa
Neste dia, recorda-se um dos momentos importantes da vida de Jesus: a sua última ceia com os apóstolos, onde também realizou o gesto do lava-pés.
Nesta celebração, ressalta-se a entrega de Jesus pela salvação da humanidade. No “tomai e comei, isto é o meu corpo {...]. Tomai e bebei, isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Cf. Mt 26,26-28), temos a instituição da Eucaristia.
Com o gesto do lava-pés, Jesus deixou a lição do serviço, da humildade, do fazer-se igual a todos, como irmãos uns dos outros, deixando um grande ensinamento: “eu lhes dei um exemplo: vocês devem fazer a mesma coisa que eu fiz" (Jo 13,15).
Sexta-feira Santa
A liturgia desse dia lembra a paixão e morte de Jesus no calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Para os cristãos, é um dia de silêncio, de reflexão e contemplação. As celebrações são um convite a realizarmos, com Jesus, a nossa via-sacra. Ele nos ensina a carregarmos as cruzes das dificuldades e dos desafios da vida, na certeza da vitória do amor, da luz, da paz e da fraternidade. A cruz como sinal de superação e de salvação.
Sábado Santo
No Sábado Santo, celebramos a “Vigília Pascal', ou seja, a alegre espera pela ressurreição do Senhor. É a noite do novo tempo, da renovação e da certeza de que a luz vence as trevas e, com Jesus Ressuscitado, caminhamos unidos no cuidado com a VIDA HUMANA E DA CASA COMUM.
Domingo de Páscoa
É a festa mais importante para os cristãos, pois a morte e a ressurreição de Cristo constituem-se no centro de todas as celebrações litúrgicas das comunidades cristãs. É um dia de alegria, de confraternização e de celebração da VIDA.
Páscoa é tempo de Ressurreição, de vida nova, de esperança renovada, de compromissos reassumidos com a construção de um mundo justo e solidário.
O convite é para que possamos viver juntos as experiências desta Semana Santa e renovarmos a ESPERANÇA no amor e no diálogo como superação das diferenças e dos muros que nos separam como humanos.