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Como ajudar o meu filho a desenvolver a autonomia e o protagonismo?

05/04/2021
Educação
Educadores partilham dicas para o desenvolvimento do protagonismo na infância

​A autonomia da criança é fundamental para sua formação como cidadã. É por meio dela que se desenvolve e aprende a ter a independência necessária para que saiba lidar com os desafios futuros, tomar suas próprias decisões e exercer a cidadania na prática.​​

Durante a Educação Infantil e nos primeiros anos escolares, a autonomia das crianças começa a ser construída a partir da internalização da própria rotina, da construção das regras, da sequência das ações, organização dos pertences pessoais e de materiais dos ambientes.

Os estudantes maristas, como sujeitos de aprendizagem, articulam os conhecimentos construídos no espaço escolar e em seus lares por meio das experiências vividas, o que resulta no desenvolvimento de habilidades e na construção de competências, que os farão agir e interagir em diferentes contextos. Para isso, é preciso pensar e compreender a infância como potencialmente capaz. Apostar e investir nas diversas habilidades das crianças, em sua capacidade de produzir ideias diferentes, questionar situações e verdades, de expressar suas opiniões e desejos diante das situações vividas coletivamente e, sobretudo, construindo saberes, os ensinando a experenciar e compreender o mundo.​

Mas o que posso fazer em casa para auxiliar o meu filho no desenvolvimento da autonomia e protagonismo?

• Manter uma rotina estabelecida com horários, auxiliando na compreensão da ideia de continuidade, o que desenvolve a segurança e o amadurecimento.

• Envolver as crianças em tarefas cotidianas, promovendo o senso de responsabilidade, organização e a compreensão do processo.

• Estimular a escolha de experiências, fazendo com que possam articular o pensamento e explicar o porquê de suas preferências.

• Dar tempo para que a criança vivencie suas experiências, pois muitas vezes o tempo do adulto difere do tempo da infância.

Na prática, isso ocorre quando a criança se alimenta sozinha, quando guarda os seus brinquedos, coloca algum objeto no local combinado, veste-se (com orientação de como identificar o lado correto das roupas), calça o seu sapato, leva a roupa suja para o cesto, troca o papel higiênico no banheiro, escova os dentes (sendo estimulada a realizar a escovação diária sem auxílio).

Outro momento muito importante para o encontro de adultos e crianças são as refeições. Neste cenário, a participação ativa dos pequenos pode ser constante. Eles podem auxiliar a colocar a mesa, servir-se e, além disso, exercitar a comunicação, todas ações podem ser incluídas como desenvolvimento de autonomia e aprendizagem.

Segundo a orientadora educacional da Educação Infantil, Silvia Crestani, convidar as crianças para a preparação de alimentos e organização da cozinha, por exemplo, ajuda a desenvolver a coordenação motora, ensina sobre saúde e a importância de hábitos saudáveis, além de favorecer um momento precioso de convívio com a família, criar lembranças e futuras memórias afetivas.

Outra dica importante da orientadora é ter um espaço organizado para atividades que exijam atenção e concentração. “Esse ambiente ajuda a criar o hábito que auxiliará as crianças quando necessitarem estudar os conteúdos escolares formais. Na Educação Infantil, pode-se separar um local onde as crianças possam fazer seus desenhos, suas pinturas e suas criações, mantendo os diversos materiais ao alcance dos pequenos.” afirma.

Confira mais algumas atitudes que auxiliam a criança no desenvolvimento da autonomia:

• Fazer escolhas diante das opções que os adultos organizam para determinado momento da rotina.

• Deixar que elas cometam erros, pois a aprendizagem ocorre por meio da tentativa e erro. Estimule a persistência!

• Quando necessário, pontue, trazendo outro ponto de vista e demonstrando as regras de convivência e o contexto de coletividade: “é uma ideia interessante, mas será que você...” 

• Deixar que opinem sempre, incentive-os a se expressar.

E o mais importante: nunca desestimule a participação da criança, faça com que ela reflita sobre diferentes formas de pensar o mundo. 

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