Em função da pandemia, alguns
lugares tiveram que se reinventar para não deixar de existir. Dentre eles,
estão os museus, que se adaptaram e utilizaram tour virtuais e outras
tecnologias como aliadas para garantir a visitação ao seu acervo. No Colégio
Marista Rosário não foi diferente. Depois de um tempo fechado para visitação, o
Museu de Ciências Naturais está de volta, com novidades.
Os professores da área de
Ciências Naturais e suas tecnologias propuseram uma sequência didática para
ressignificar os exemplares do Museu. No projeto, estudantes do 7º ano do
Ensino Fundamental fizeram uma pesquisa sobre as características de um dos
exemplares expostos no local e criaram um currículo para ele, que pode ser
acessado pelos visitantes por meio de um QR Code, uma maneira de
aumentar a interatividade e melhorar a experiência dos frequentadores,
tornando-a mais empolgante, e aprendendo ainda mais.
Dentro do estudo dos conceitos
de taxonomia – ciência que lida com a descrição, identificação e classificação
dos organismos - as turmas utilizaram o conhecimento científico para agregar e
valorizar os animais empalhados do Museu da escola. Cada espécie recebeu um QR
Code, onde consta uma ficha elaborada pelo estudante do 7º ano EF,
indicando várias características, que poderão ser exploradas por outros
estudantes durante uma visitação. Veja quais foram as orientações da atividade:
Ordenar os animais e as plantas de acordo com as
características dos grupos a que pertencem, com as relações desenvolvidas nos
ecossistemas e discutir mecanismos adaptativos e evolutivos que podem ser
verificados
Organizar os seres vivos com base em conceitos
biológicos.
Apropriar-se de conhecimentos das ciências como
ferramenta de pensamento para leitura do mundo, compreendendo-os como um empreendimento
humano.
O estudante Artur P. diz que
com o trabalho pode descobrir muito mais sobre a fauna brasileira e ver animais
que nunca tinha visto. “Consegui também estudar mais sobre espécies que já
conhecia, busquei em diversas fontes de pesquisa para ter um resultado melhor.
O professor me mostrou um site onde se catalogam cientificamente os peixes, que
achei muito interessante. Adorei esse trabalho em todos os aspectos! Agora
estou muito mais curioso por novas descobertas nas Ciências Naturais!”, afirma.
Segundo o professor Pedro
Nitschke, o Museu do Colégio é um local de aprendizagens e vivências e possui
um grande acervo que serve de inspiração para preservação das espécies,
evidenciando as características de cada habitat em questão. “Essa ressignificação
do local deu tão certo que já temos outras turmas querendo visitar e conhecer o
espaço”, comemora.
As turmas do 1º e do 5º ano do
Ensino Fundamental também estão frequentando o Museu. O 1º ano EF está
estudando a relação dos animais com seus habitats (aquático, terrestre...). A
proposta permite que as crianças também reflitam sobre as ações humanas para
manter a conservação desses ambientes.
No 5º ano EF, a visita faz
parte do projeto Transição (saiba mais aqui), e está vinculado à pesquisa da
Mostra do Saber, que a partir do 6º ano EF passa a ser feita em grupos e não
mais um projeto por turma como é feito nos Anos Iniciais. Por isso, os
estudantes estão realizando pesquisa individual sobre algum animal exposto no
Museu.