“De
quem são as penas no pátio da escola?” –
essa foi a pergunta que despertou a curiosidade dos estudantes da turma
N1A do Marista Rosário a iniciarem o Projeto de Estudos sobre as aves no
mês de abril. Nesta semana, como parte das
atividades, eles realizaram a construção de casinhas
de pássaros com os avós. A iniciativa, que
teve como objetivo trabalhar a partir do interesse da turma em explorar e
conhecer a vida dos pássaros, foi além dos muros da escola e conectou sala
de aula, família e afetos.
Primeiros
voos
O
questionamento surgiu quando a turma encontrou, no pátio da Educação Infantil,
algumas penas de pássaros. Naquele momento, os estudantes se perguntaram de
quem poderiam ser aquelas penas. “Seria do Periquito Rosariense?” – eles
questionaram.
Com esse fato, as professoras da N1A perceberam as possibilidades
em explorar o assunto em sala de aula e trabalhar os processos pedagógicos do
nível de ensino a partir do conhecimento das aves. A professora, Gabriela
Venturini, da Educação Infantil, contou que a iniciativa fortaleceu um
importante hábito. “Com o projeto, as crianças construíram o hábito de partilhar
aquilo que se sabe, para que os saberes se multipliquem e se coloquem a favor
de todos”, afirmou.
Família,
histórias e aprendizado
A Pedagogia Marista
preconiza e valoriza a formação integral por meio da dedicação, da
presença, do amor e do respeito ao outro buscando práticas educativas
criativas, contextualizadas e significativas para os estudantes. Exemplo disso
foi a amplitude que o projeto de estudos com os pássaros atingiu. Ao saber
sobre o que a neta Catarina estava estudando, seu avô construiu uma casinha de
passarinho para presenteá-la.
A estudante levou a casinha para a
escola e, junto dos colegas, sugeriu que todos colocassem as sementes que
estavam sendo estudadas para que os pássaros entrassem nela. Lucca, estudante
da turma, propôs que ela fosse pendurada em uma árvore e, após uma discussão
coletiva sobre em qual árvore seria, as crianças decidiram colocá-la na
"árvore grande do pátio central".
Foi então que surgiu a ideia de
criar mais casas para mais pássaros. Por meio da intencionalidade pedagógica da
professora, foi elaborada uma proposta que envolvesse a família para dar
continuidade ao projeto. Isso porque, quando Catarina contou sobre seu avô,
essa figura se evidenciou no grupo e, por vários dias, as histórias contadas
pelos estudantes estiveram centralizadas nos avôs e avós, pessoas que são de
importância ímpar na vida dos nossos estudantes.
“Para além destes aprendizados
mensuráveis e que podem ser traduzidos nas habilidades que foram
desenvolvidas”, comentou Gabriela. “Foi possível perceber o engajamento das
crianças em aprender e ensinar juntos, como o formar-se enquanto um grupo,
compreender o que significa relacionar-se com o outro e, ainda, entender e
respeitar os diferentes tempos e modos de ser de cada um”.