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Profissionais compartilham suas vivências em Brumadinho e Mariana

21/05/2019
Nosso jeito de educar
Para aprofundar os estudos do projeto Desastres ambientais: vítimas das ações antropológicas, os estudantes participaram de um bate-papo com profissionais que estiveram nas duas cidades após as tragédias.

​Os rompimentos das barragens em Brumadinho e Mariana, que ocorreram em 2019 e 2015, respectivamente, em Minas Gerais, foram pauta das aulas de Geografia e de Ciências do 6º ano EF. Para aprofundar os estudos do projeto Desastres ambientais: vítimas das ações antropológicas, os estudantes participaram nesta terça-feira, 21/5, de um bate-papo com profissionais que estiveram nas duas cidades durante e após as tragédias.

​Durante a conversa, as psicólogas Bruna Marcelino, Ana Amélia Alves e Carmem Giongo, ao lado do professor Túlio Reis e da advogada e professora Valéria Koch, partilharam suas diferentes vivências e experiências em Brumadinho e Mariana.

Voluntária da Cruz Vermelha, Bruna fez parte da equipe psicossocial em Brumadinho, horas depois do rompimento da barragem, atendendo e acompanhando as famílias. Já Carmem, chegou 15 dias após a tragédia, quando a demanda maior era atender os trabalhadores e voluntários. “Quem foi, quem viveu, passa a sentir essa dor, essa perda. As vezes não temos noção do tamanho do impacto. Vimos o rompimento da barragem, mas tem muitos problemas anteriores e outros que ainda vão acontecer", relata Carmem. Já Túlio, que estava com a viagem para Minas Gerais agendada para turismo, mudou seus planos e foi para Brumadinho ajudar como voluntário, auxiliando com as doações que chegavam na cidade.

A advogada Valéria, que vivenciou o rompimento da barragem em Mariana, em 2015, apresentou para os estudantes a situação a partir da perspectiva do Direito, enquanto a psicóloga Ana Amélia compartilhou sua experiência de visitar as duas cidades após as tragédias, em março desse ano.

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​O bate-papo buscou esclarecer uma questão trabalhada com os estudantes: desastre ou tragédia? Para todos os profissionais, ambos acontecimentos são tragédia e desastres, mas Carmem trouxe ainda a questão de crime ambiental.  

Dando continuidade ao projeto do 6º ano EF, os estudantes irão fazer protótipos de ideias inovadoras para minimizar do ser-humano no Meio Ambiente.