Fomentando o protagonismo e a curiosidade infantil, os estudantes do Nível 3 da Educação Infantil, da turma N3C, começaram a investigar as abelhas. A ideia surgiu durante uma brincadeira na pracinha, quando relacionaram um tipo de resina encontrado no tronco de uma árvore ao mel. A partir dos relatos e interesses demonstrados pelas crianças, a educadora Helena Rauber iniciou as atividades de pesquisa.
Com o objetivo de ampliar a aprendizagem, a professora levou para a sala de aula um favo de mel, oportunizando um momento significativo, no qual as crianças puderam observar, sentir o aroma e experimentar o sabor do alimento fornecido pelas abelhas. Após esse primeiro contato de descoberta e observação, os estudantes elaboraram registros gráficos com rolos de papel higiênico, tinta, caneta hidrocor e técnica de recorte e colagem.
Pesquisa e protagonismo estudantil
Reconhecendo que a investigação contribui para a promoção de aprendizagens, os estudantes foram convidados a realizar uma pesquisa junto de suas famílias sobre as abelhas e, em seguida, compartilharam suas descobertas com os colegas, como forma de incentivar o protagonismo infantil. A partir da atividade realizada, os estudantes puderam desbravar a vida e a reprodução das abelhas, possibilitando, desse modo, a criação de um painel em sala de aula, que reúne todas as informações pesquisadas.
Os estudantes também construíram abelhas com palitos de picolé, que foram expostas na porta da sala de aula da turma e observaram, no Laboratório de Biologia do Colégio, o inseto em lupas e microscópios. E, para complementar a ação, houve a participação do apicultor e educador Leandro Couto, que partilhou suas vivências e rotina, bem como explicou o processo desde a colheita do néctar das flores até a fabricação do mel.
Aprendizagens, descobertas e resultados
De acordo com a educadora Helena Rauber, a experiência foi essencial para o entendimento sobre as abelhas e a sua atuação no planeta. “No decorrer do projeto, descobrimos muitas curiosidades sobre as abelhas. Mas o mais importante: esse inseto, que muitas vezes causa receio nas pessoas, é fundamental para a natureza, pois as abelhas são responsáveis pela reprodução de 80% das plantas. Por isso, devemos cuidar e proteger e cuidar delas, visto o seu papel para nós e para a natureza”, comentou.
Como conclusão da pesquisa, foi constatado que o “gel” encontrado no tronco da espécie de Ingazeiro do pátio da escola não se tratava de mel, mas sim uma resina que a árvore libera. Essa secreção pode surgir por diversos motivos, como, por exemplo, ventos que deslocam a casca ou animais que perfuram o tronco. Portanto, essa proposta educativa possibilitou a reflexão sobre o olhar atento, a escuta e a valorização dos conhecimentos prévios das crianças para tornar as experiências ricas de sentidos na Educação Infantil.
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