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A alfabetização no Marista Conceição

15/09/2021
Educação
Como lembrete do Dia Mundial da Alfabetização, mostramos alguns aspectos dessa importante fase na vida das crianças

​*A foto que ilustra esta matéria foi registrada antes da pandemia.

O Dia Mundial da Alfabetização, 8/9, originou-se em 1967, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com o intuito de debater a alfabetização e as questões relacionadas ao assunto no mundo inteiro. Assim, em celebração à data, relembramos o processo de letramento das crianças.

De acordo com a supervisora pedagógica dos Colégios da Rede Marista, Bibiana de Oliveira João de Deus, durante o processo de alfabetização e letramento nos Colégios a ludicidade – jogos e brincadeiras – e os elementos do cotidiano são utilizados como base para a construção do conhecimento. “Valorizamos as brincadeiras, os jogos, a exploração dos diversos gêneros literários e as tecnologias digitais, visando contribuir no desenvolvimento do estudante. Também buscamos elementos do contexto social e cultural vivenciado pelas crianças para que a aprendizagem seja significativa e respeite a singularidades de cada estudante.”, comenta.

As palavras estáveis, como o próprio nome, são utilizadas para as descobertas e construções das letras e suas associações. Dessa forma, as crianças se sentem mais seguras para tentar escrever, por exemplo, o nome das pessoas próximas, uma vez que essas são palavras significativas e carregam história afetiva. Além disso, o processo de alfabetização contempla diversas obras literárias, assim como outros gêneros textuais, a partir da exploração de revistas, jornais, gibis, anúncios, receitas etc.   

A função social da linguagem

Bibiana explica que a oralidade, a leitura e a escrita constituem uma parte integrante das representações simbólicas codificadas. Entende-se, assim, a função social que a linguagem oral e escrita carrega, considerada como um instrumento cultural complexo, que permite a comunicação e o registro da expressão, do conhecimento e da imaginação. “À medida que a criança vai se apropriando dos códigos da escrita, utilizando as letras e relacionando o som delas e as hipóteses de como se consolida na escrita (relação entre fonema e grafema), vai sentindo-se pertencente à cultura social, promovendo autoconfiança, alegria, autonomia, autoestima e liberdade de expressar o que pensa e deseja comunicar. Dessa forma, a escrita ocupa uma função social importante de comunicação”, aborda.

Cultura escrita e a participação familiar

Antes mesmo de as crianças dominarem a leitura escrita, elas já costumam estar inseridas nesse universo. “É muito comum as famílias já comprarem livros, apesar de seus filhos ainda não lerem. Esse gesto simboliza o afeto, ampliação do repertório simbólico das crianças, a qualificação do vocabulário e a estimulação da leitura das narrativas visuais, além de promover momentos de apreciação e gosto pela leitura”, discorre a especialista.

A leitura dos pais para as crianças gera uma atmosfera positiva para a aprendizagem, pois incentiva e desperta o interesse na compreensão das letras. “As constantes leituras dentro dos contextos familiares contribuem para que as crianças desenvolvam o gosto e são boas oportunidades de aproximação e do vínculo familiar”, finaliza Bibiana. 

Como acontece no Colégio

No Marista Conceição, a alfabetização acontece a partir de uma proposta metodológica que se caracteriza por ser dinâmica e diversificada, onde o processo de aquisição da língua acontece em nível de reflexão pessoal e construção individual ao mesmo tempo em que parte de um trabalho de interação social, troca de conhecimentos e crescimento conjunto. O ambiente de alfabetização é estimulador no sentido de favorecer tentativas de escrita, levantamento de hipóteses, busca e compreensão do funcionamento do código de leitura e escrita, a partir de descobertas, informações e ação do educador. Enfim, um ambiente no qual ler e escrever tem significado e função.

A professora do 1º ano EF, Agnes Ferrão explica que são propostas atividades que envolvam a escrita como um todo (alfabeto em geral, texto no contexto, sem haver a preocupação em enfocar determinada letra), assim como o cuidado para que o desenvolvimento da consciência fonológica, através da reflexão sonora e gráfica de cada letra, também tenha espaço e seja contemplado. “A escrita da criança é valorizada, no nível em que se encontra. Ao mesmo tempo, há a constante intervenção da professora e o atendimento necessário para o avanço no processo de alfabetização. A ênfase de todo o trabalho é a socialização, através da troca de informações entre os estudantes, apresentações pessoais ou em grupo, discussões acerca de determinado assunto ou tema (planejado ou ocasional), levantamento de opiniões, conceituações individuais ou coletivas e trabalhos em grupo,” finaliza a professora.​

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