Navegar para Cima

Notícias

Refletir e dialogar: Tire o racismo do seu vocabulário

01/10/2020
Educação
Nossos estudantes do 3º ano do Ensino Médio refletiram sobre o assunto nas aulas de Ensino Religioso e História

Etapa conclusiva da vida escolar, o Ensino Médio traz uma série de aprendizagens e desafios. Compreendendo a complexidade desse contexto, fundamentamos nosso fazer pedagógico na educação integral, que se traduz na prática da excelência acadêmica com o cultivo da formação humana. Assim, o jovem é motivado a construir seu projeto de vida e ampliar o exercício da cidadania.

A partir do protagonismo estudantil, nossos estudantes do terceiro ano do Ensino Médio trouxeram o assunto para as aulas de Ensino Religioso e de História sobre as expressões racistas que, por muitas vezes, utilizamos em nosso vocabulário diariamente. 

Nas aulas de Ensino Religioso, os conteúdos atualmente são direcionados trazendo o conhecimento em diversos aspectos e abordando-os nas tradições religiosas existentes no mundo. Na aula de Bioética, a professora Lisete Dameda trouxe para o diálogo os Direitos Humanos. A partir disso, os estudantes sugeriram conversar sobre as expressões racistas utilizadas no dia a dia. Assim, o professor de História, Matheus Balbueno, entrou na aula para conversarem sobre o contexto histórico das palavras. 

Os encontros renderam o debate e duraram por quatro aulas. Assim, então, no último encontro, os professores convidaram a estudante de jornalismo Nathalia Farias, para conversar com os estudantes sobre o assunto. Nathalia é conhecida na internet por se posicionar sobre os assuntos e temas na luta antirracista. 

nath farias 2.png

A convidada dialogou na aula compartilhada de Ensino Religioso e História com os estudantes sobre algumas expressões utilizadas no cotidiano e também sobre temas do racismo vivenciados na história e nos nossos dias. Nathalia, entre os assuntos, conversou sobre o papel do branco na luta antirracista, e também contou sobre algumas experiências na sua vida, desde o preconceito vivenciado até a afirmação de seu posicionamento e sua luta contra o racismo. Questionada sobre o papel do branco na luta antirracista, Nathalia informou que é importante sempre entender o local em que se está inserido e ouvir. “É importante se colocar no seu lugar de privilégio e se questionar”. Ainda, sobre apropriação cultural, Nathalia afirmou que o debate vai além de alguns acessórios e adereços. “É um debate de raça”, afirma. 

Algumas expressões foram estudadas nas aulas: “A coisa tá preta” “criado-mudo”; “da cor do pecado”; “denegrir”; “mulata”, entre outras. 

Educação é um processo que se constrói coletivamente. A força está nisso. No lugar do eu ou você, nós. Juntos. Assim, seremos parte significativa da mudança.

Com atenção aos novos desafios e coragem, continuamos a desenvolver uma educação cada vez mais integral, sensível, múltipla e inspiradora. Mesmo distantes, seguimos em família!