Atividades lúdicas aguçam habilidades cognitivas, físicas e sociais
A brincadeira é tão importante que está prevista na Declaração dos Direitos da Criança, adotada pelas Nações Unidas em 1959. Mais que diversão, os momentos lúdicos proporcionam que as crianças aprendam a se relacionar com o outro, a negociar atitudes além de desenvolver o universo simbólico, a fantasia, a criatividade e a alegria.
Jogos e brinquedos instigam o intelecto, desafiam a capacidade de criação, a linguagem e o desenvolvimento motor das crianças, estreitando laços entre os pequenos e seus familiares.
Em momentos como o atual, no qual as crianças precisam ficar em casa por um longo período, podemos promover muitas brincadeiras em família. A participação dos pais é sempre bem-vinda.
Pensando nisso, o projeto Marista Em Casa reuniu sugestões variadas para oes estudantes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental vivenciarem e se divertirem em casa.
1. Trilha de brinquedos
Disponibilize alguns brinquedos ao longo de um caminho para que sejam explorados pela criança. Brinquedos sonoros, bolas, potes, bacias, caixas de papelão são elementos desafiadores significativos para a aprendizagem.
Outra possibilidade, aumentando o grau de dificuldade, seria desafiar a criança a um minicircuito com um padrão de repetição. Por exemplo, utilizando os próprios sapatos da criança e posicionando-os em zig zag, criando um percurso onde a criança deverá executá-lo em um tempo determinado, indo e vindo. O grau de dificuldade poderá ser ampliado a cada rodada.
A atividade vai ajudar a criança a construir a consciência corporal, exercitando o equilíbrio e fortalecendo o tônus muscular.
2. Adivinhação
Pense num objeto ou num animal. Comece a dar pistas para que os participantes da brincadeira adivinhem o que é. Uma dica é responder a perguntas de sim/não: faz barulho? É de comer? Dá para carregar no colo?
Essa brincadeira estimula a imaginação, a linguagem e o raciocínio.
3. Mapa do tesouro
Que tal uma aventura em casa? A ideia é reunir a criança e alguém próximo, algum familiar, e explorar o ambiente. O objetivo, aqui, é trabalhar a sociabilidade, mas sempre lembrando de evitar contato físico muito próximo.
Desenhe um mapa dos arredores. Se as artes visuais não são o seu forte, crie pegadinhas com pistas que levem de um lugar a outro, até que a recompensa escondida seja encontrada.
4. Brinquedos alternativos
Blocos de montar e peças encaixáveis desenvolvem o raciocínio lógico e a noção espacial. Para as crianças até 2 anos de idade é importante que as peças sejam de madeira para facilitar o manuseio, painéis abertos, com espaços de diferentes formatos para inserir os objetos, são boas opções.
A imaginação pode ir além! Materiais alternativos como caixas, blocos de madeiras de tamanhos diversos, tecidos, cestos e bacias também são objetos que aguçam a curiosidade e a imaginação das crianças, ajudando na construção da noção de espaço e ampliação do repertório corporal.
5. Jogos de tabuleiro
Demandam memória, pensamento estratégico, respeito às regras e capacidade de lidar com adversidades. Além disso, são uma diversão para toda a família.
Ensine a criança a jogar damas, gamão ou mesmo xadrez. Tabuleiros coloridos e de grande porte, com personagens que cumpram tarefas mirabolantes, podem despertar mais a atenção.
Caso você não tenha jogos de tabuleiro em casa, construa com seu filho: utilize uma tampa de caixa de sapato ou folha de papel para fazer o tabuleiro; tampinhas de garrafa ou sementes poderão ser as peças para iniciar seu jogo.
Se jogado em mais de uma pessoa, sempre lembrar de higienizar as cartinhas e as peças a cada nova partida.
6. Caixa sensorial
Essa solução caseira é interessante para os bebês ampliarem seus vocabulários aguçando os sentidos, pode se tornar mais complexa a medida que as crianças vão crescendo. A atividade consiste em apalpar um objeto misterioso para descobrir, por meio do tato, o que é aquilo.
Abra dois orifícios nas laterais de uma caixa de sapatos, para que o pequeno possa enfiar as mãos por ali. Dentro do recipiente, esconda itens que façam parte do dia a dia da criança: uma fruta, um brinquedo, um livro e por aí vai. Varie as texturas e os tamanhos.
Aproveite ainda para customizar a caixa sensorial com a criança, colocando tiras de revistas, jornais ou mesmo usando a têmpera.
7. Amarelinha
Mesmo dentro de casa, com fitas marcando a amarelinha no chão, recorra a essa brincadeira atemporal. Além de um exercício físico excelente para a coordenação motora, o simples ato de pular nas áreas demarcadas e desviar da pedrinha gera uma saudável competição entre a criançada.
Para tornar a disputa ainda mais calorosa, ensine-os a desenhar percursos diferentes: com mais casas, em espiral, com outras formas geométricas. A imaginação não tem limites.
8. Faz de conta
A fantasia é um meio de elaborar abstrações e encontrar alternativas para os problemas que possam surgir, contribui para nossa capacidade simbólica de inventar, de imaginar e criar coisas inéditas.
Reserve um tempinho para a contação de histórias, a leitura e os desenhos feitos à mão. Proponha à criança que crie suas próprias narrativas: se este cadeado tivesse uma casa, como ela seria? Onde um cachorro falante poderia estudar? Embarque na brincadeira e pense você, também, “fora da caixa”.
Outra forma de faz de conta é reutilizar materiais para construir brinquedos ou representar, como casas, aviões, carros, robôs, naves, cavalos, barcos.
Gostou das dicas de jogos e brinquedos para estimular o desenvolvimento infantil? Se tiver outras sugestões, deixe um comentário ou participe postando com nossa hashtag #MaristaemCasa.