Os espaços físicos que compõem o ambiente escolar são permeados por significados que contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem e para o cultivo de relações saudáveis. É nesse ambiente que formamos o nosso ser social, por meio da construção de relações, das interações, pelas mudanças e pelas adaptações.
O ambiente escolar revela a intencionalidade do nosso projeto pedagógico: há um currículo em movimento que se manifesta nos espaçotempos e arquiteturas, pelos quais circulam conteúdos, experiências, aprendizagens, culturas e afetos. A composição dos espaços educativos contempla uma série de fatores, como estrutura física, localização, organização, distribuição e arranjo dos elementos, variedade e qualidade dos materiais, linguagens, estética, segurança, significados, acessibilidade e respeito às culturas pelas quais eles transitam.
A assessora educacional dos Colégios da Rede Marista, Loide Pereira Trois, explica que os ambientes funcionam como um terceiro educador, além dos professores e familiares, favorecendo as possibilidades de construção de novos conhecimentos por meio de experiências significativas. “Os espaços educativos convidam nossos estudantes a ocuparem um lugar ativo no seu percurso de aprendizagem. Sendo assim, oportunizam situações valiosas e importantes de articulação dos estudos com os diversos contextos sociais vividos, provocando transformação e agregando valor", destaca.
As linguagens e tecnologias constituem importantes instrumentos de mediação e objetos de pesquisa, investigação e conhecimento. A escolha dos mobiliários, por exemplo, leva em conta a flexibilidade e o favorecimento de diferentes configurações, seja por rodízio ou pela leveza de cada materialidade. Isso reforça nossa crença no protagonismo dos estudantes, incentivando diversos modos de interação entre eles, como trabalhos em duplas ou em pequenos/grandes grupos.
Outro aspecto a ser destacado é a transparência em nossas salas, laboratórios, ateliês e demais espaços de aprendizagem, com janelas e paredes de vidro viradas para os corredores. A finalidade é desenvolver uma estrutura criativa e potente que viabilize a produção de saberes. Há, ainda, os espaços de troca que usam recursos tecnológicos, painéis, murais, quadros móveis para socialização do conhecimento, e materiais, brinquedos e livros para garantir as possibilidades de escolha e de criação autônoma do estudante.