Navegar para Cima

Nossas Notícias

Fake News: como evitar que seu filho espalhe boatos

20/04/2020
Projetos
Notícias falsas compartilhadas na internet podem gerar problemas

​Notícias falsas compartilhadas na internet podem gerar problemas

A internet é uma ótima ferramenta de pesquisa e comunicação instantânea. Porém, esses pontos positivos também podem favorecer hábitos ruins, como a disseminação de boatos e notícias falsas.

Na ânsia de participar dos debates sobre os mais variados temas, muitos usuários acabam repassando qualquer conteúdo sem desconfiar das informações. Esse comportamento abre espaço para juízos de valor fundamentados em mentiras e fatos distorcidos, prejudicando as discussões.

Entre os adolescentes, a boataria pode causar desinformação e fomentar práticas nocivas, como o cyberbullying. É papel dos adultos conversar com os jovens e orientá-los a uma experiência sadia na internet. Essa postura crítica e reflexiva se torna um conhecimento que eles carregarão para a vida toda.

Considerando a família como um dos canais que pode ajudar os jovens a adotar uma postura crítica em relação ao que leem e consomem, separamos algumas dicas de como orientar sobre fake News.

O passo a passo a seguir é baseado em recomendações do Senado Federal. Confira:

1. Ortografia

Erros de grafia e construções que fujam à norma padrão da Língua Portuguesa indicam que o texto não foi escrito por um profissional. É provável que se trate de uma brincadeira.

2. Alarmismo

Fake News apelam para teorias conspiratórias, do tipo “leia antes que deletem” ou “a mídia não quer que você saiba disso”. A linguagem costuma ser carregada de adjetivos – algo incomum no jornalismo – para despertar raiva e indignação.

3. Contexto

Muitos boatos começam com “o governo divulgou” ou “deu na TV”, mas não citam data nem origem da informação. Eis mais um motivo de desconfiança. É necessário saber quem disse o quê, quando e onde.

4. Fonte

Deve-se observar a página na qual a reportagem foi publicada. Jornais tradicionais e sites oficiais possuem mais credibilidade. Vale lembrar que alguns portais de humor simulam conteúdo informativo, mas sem compromisso com a realidade.

5. Circulação

Caso o mesmo texto apareça em vários locais, é sinal de “copia e cola” sem apuração. Fatos importantes recebem cobertura da imprensa e cada site tem uma abordagem diferente.

6. Data

Mesmo notícias reais ficam descontextualizadas com o tempo. Projetos de lei, manifestações e outras ocorrências de anos anteriores, volta e meia, são compartilhados sem a devida atualização. A data da publicação é um elemento chave para evitar esse hábito.

7. Profundidade

Alguns títulos são propositalmente distorcidos para chamar atenção do público. No corpo do texto, verifica-se que o assunto não era tão grave assim.

8. Bom senso

Na dúvida, o melhor é não compartilhar. Pode-se, ainda, recorrer a serviços de fact checking, o cruzamento de dados para averiguar a veracidade das informações. A Agência Pública, o Aos Fatos, o Boatos.org, o Comprova, Agência Lupa, o Fato ou Fake do portal G1 e o Fake Check​ realizam esse trabalho.