Evento tradicional no calendário letivo dos Colégios e das Unidades Sociais da Rede Marista, o Festival Marista de Robótica ocorre entre os dias 19/10 e 18/11, por meio de encontros virtuais. Adaptada ao contexto atual, a atividade reunirá estudantes e educandos de 11 unidades maristas para a construção de um projeto proveniente do tema Engenharia da Empatia.
Considerando o cenário que vivenciamos, neste ano o Festival Marista de Robótica contemplará exclusivamente estudantes e educandos do 4º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. O desafio escolhido para esta edição consiste em construir um robô físico que integre objetos técnicos e humanismo. A partir do tema central, as 17 equipes, constituídas por até oito integrantes, elaborarão um projeto, com auxílio de orientadores, respeitando os três eixos da sustentabilidade: econômico, social e ambiental.
As entregas do projeto são divididas em cinco partes:
Pré-projeto, no qual é delimitada a problemática que abordará, funcionando como um rascunho; Gestão e Pesquisa, neste momento é escolhida a problemática que será abordada e como pretendem resolvê-la, organização do projeto em etapas e distribuição das tarefas em ordem de prioridade;
Prototipagem e Ideação, aqui ocorre a continuidade ao trabalho escrito e ao projeto como um todo; a equipe irá projetar, por meio de uma tecnologia de modelagem 3D, a estrutura de sua entrega final;
Codificação e Eletrônica, na qual as equipes são convidadas a apresentar o esquemático eletrônico e código de programação desenvolvido para o funcionamento do seu projeto; e
Protótipo final, nesta última entrega serão contempladas todas as etapas anteriores e junto de apresentação do projeto em funcionamento através de um vídeo de até cinco minutos.
Segundo o supervisor de tecnologias educacionais dos Colégios da Rede Marista, Ederson Locatelli, neste ano o Festival Marista de Robótica terá somente um dos quatro desafios que costuma ter, que é o Desafio de Robôs. Esse desafio visa mobilizar as equipes para, por meio de um processo de projeto, desenvolver produtos que conectem tecnologia e humanismo, ou seja, robôs que possam proporcionar a empatia envolvendo componentes como afeto, cognição e emoção. Locatelli reforça que o formato pensado para este ano foi reconfigurado devido ao contexto atual, de modo que fosse possível manter um evento a nível de rede, mas interno. Outro aspecto desta edição será a realização de entregas em etapas. “Esperamos que as equipes possam interagir e colaborar em diferentes momentos, não somente na fase de competição entre os grupos”, comenta.
Para regulamentar e estruturar o evento, existe uma comissão responsável constituída por educadores das Gerências Educacional, Assessoria de Comunicação e Marketing (Ascomk) e dos Colégios Maristas Pio XII e Champagnat. Em relação aos critérios de seleção, cabe a cada unidade escolher até duas equipes, distribuindo em Iniciante e Avançado.
A história do Festival
Realizado desde 2008, o Festival Marista de Robótica tradicionalmente reunia estudantes dos Colégios e das Unidades Sociais Maristas, da PUCRS e de instituições educacionais externas se reuniam durante dois dias para protagonizar desafios e pesquisas que envolvem a Robótica Educacional, a codificação e o empreendedorismo, modelo que seguiu até antes da pandemia da covid-19. Como atividades, os projetos desenvolvidos têm como foco encontrar soluções para situações-problema, e todo o processo de construção é realizado por grupos – estudantes e educadores. Consequentemente, promove-se o raciocínio lógico, o senso crítico, o trabalho em equipe, a autonomia e a criatividade.
As tecnologias no contexto educacional
Em nossos espaços educativos, buscamos alternativas para tornar a inserção do estudo de tecnologias cada vez mais presente no currículo de estudantes e educandos, a fim de aproximá-los das transformações de comportamento e formas de pensar da sociedade contemporânea. Com os projetos e iniciativas propostos no cotidiano escolar, os estudantes experienciam princípios que são importantes ao longo de toda a vida, desenvolvendo autonomia e protagonismo. As possibilidades oferecidas pelos dispositivos e gadgets ampliam as formas de criar, cocriar e aprender.