Os projetos CurTA - Currículo Tecnologias e Aprendizagem: A Educação Básica em um Espaçotempo Híbrido e Multimodal e Pensamento Computacional em Ensino Híbrido representaram os Colégios da Rede Marista como finalistas no edital Programa de Apoio a Projetos de Pesquisa e de Inovação na Área de Educação Básica (PROEdu). Essa iniciativa pública se originou nas reflexões sobre os impactos digitais, principalmente aqueles impulsionados pela pandemia da covid-19 nos sistemas de Ensino de Educação Básica. O principal objetivo dessa ação é selecionar e apoiar propostas de Ensino Básico e de Educação Empreendedora.
A Gerência Educacional dos Colégios da Rede Marista e o Colégio Marista Ipanema foram os únicos representantes da Educação Básica a chegar ao final do edital. Para o supervisor de Tecnologias Educacionais dos Colégios da Rede Marista e proponente do projeto de pesquisa CurTA, Ederson Locatelli Locatelli, isso evidencia alguns aspectos importantes, tais como: o protagonismo da Educação Básica e o reconhecimento de que se pode fazer pesquisa exercendo liderança, promovendo a autoria e a produção de conhecimento sobre esses níveis de ensino a partir da própria Educação Básica; a articulação em rede e com o Ensino Superior; e a valorização do capital intelectual interno dos educadores do empreendimento.
O vice-diretor educacional do Colégio Marista Ipanema e coordenador da equipe de pesquisa, Fernando Degrandis, relata que o sentimento da unidade é de honra e comprometimento. “Sabemos que a educação básica também é espaço de construção de saberes. Nós enquanto Marista Ipanema temos um projeto consistente de iniciação científica com os estudantes, que participam de eventos nacionais apresentando suas pesquisas. Isso só é possível quando temos educadores que também são pesquisadores”, reitera o especialista. Degrandis enxerga a aprovação como um reflexo do incentivo à pesquisa no Colégio. “Queremos representar educadores da educação básica da Rede Marista e das escolas em geral com excelência, sendo sinal de encorajamento para que outras pessoas também o façam”, finaliza.
Entendendo o PROEdu
O edital PROEdu é uma oportunidade para o desenvolvimento de metodologias e uma educação empreendedora através do estímulo dessas competências com professores e estudantes. Ele resulta da parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), vinculada à Secretaria Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae-RS) e é dividido em duas modalidades:
Modalidade A: contempla projetos de pesquisa aplicadas ao campo do desenvolvimento de metodologias e relacionados aos fundamentos da Educação, que abordem ensino remoto ou híbrido para Educação Básica.
Modalidade B: engloba projetos de desenvolvimento de produtos ou processos inovadores para o ensino remoto ou híbrido, que visem atender demandas relacionadas à Educação Básica, em especial ao tema da Educação Empreendedora.
O prazo máximo para execução dos projetos de pesquisas aprovados pelas instituições é de 18 meses.
CurTA - Currículo Tecnologias e Aprendizagem: A Educação Básica em um Espaçotempo Híbrido E Multimodal
O supervisor de Tecnologias Educacionais dos Colégios da Rede Marista Ederson Locatelli, aborda que o projeto tem como problema analisar como as práticas pedagógicas mediadas pelas tecnologias podem potencializar o currículo e desenvolver as aprendizagens da Educação Básica. “Para o desenvolvimento do projeto foi constituída uma equipe formada por participantes da Gerência Educacional, educadores dos Colégios da Rede Marista e pesquisadores de instituições parceiras, como Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e Universidade do Vale do Sinos (Unisinos)”, relembra.
Locatelli explica que o CurTA tem dois níveis de organização: o primeiro nível é o das práticas pedagógicas, que envolve a cooperação entre pesquisadores, gestores, professores e educadores no que diz respeito à exploração e às aprendizagens relacionadas às tecnologias digitais e metodologias. Já o segundo nível é o da disseminação, o qual envolve o registro das experiências positivas sob diferentes suportes comunicacionais – mídias impressas, digitais e online. O objetivo é de estabelecer um diálogo regional e nacional entre a Rede Marista e outras instituições educacionais, no sentido da socialização dos projetos, de suas tecnologias e metodologias para ampliar o alcance da discussão sobre o tema na Educação Básica. O impacto pretendido com o projeto é a inovação das metodologias e das tecnologias. “Assim, buscamos repensar e transformar o modo de se fazer educação, o qual impactará nos processos pedagógicos, mais especificamente nas práticas pedagógicas que envolvem a conexão entre currículo, tecnologias e aprendizagem no contexto Educação Básica”, afirma.
Pensamento Computacional em Ensino Híbrido
O Pensamento Computacional em Ensino Híbrido, de acordo com Fernando Degrandis, é uma forma, inspirada em cientistas de dados e da computação em geral, utilizada para tratar dados, estruturar ideias e situações e resolver problemas. “Pensando no contexto de uma educação cada vez mais ativa e que auxilia no desenvolvimento de habilidades e competências em estudantes e educadores, surgiu a proposta do Pensamento Computacional em Ensino Híbrido”, comenta.
A equipe de pesquisa do Marista Ipanema irá aprofundar o pensamento computacional e organizar formações para docentes de duas realidades escolares, uma instituição privada e outra pública, ambas localizadas na Zona Sul de Porto Alegre. “A pesquisa trata do acompanhamento desses docentes ao longo da formação continuada. Queremos que o pensamento computacional possa aprimorar o ensino na Educação Básica, e esse projeto dará exatamente a dimensão de facilidades e limites dos docentes neste desenvolvimento” esclarece.
Degrandis relembra que o Marista Ipanema já tinha estudos acerca do pensamento computacional. “Quando abriu o edital fomos desafiados pela equipe da Gerência Educacional da Rede Marista a nos lançarmos e a fazermos ciência a partir da nossa realidade, colocando nossos educadores como protagonistas e ajudando outros docentes a avançarem em seus processos. Além da nossa equipe de pesquisa interna e do suporte da mantenedora e da PUCRS, a equipe da Fapergs foi sempre muito solícita, o que tornou o desafio mais acessível de ser superado”, informa.
Formação para educadores
Em nosso empreendimento, acreditamos na importância de fomentar a educação continuada e a integração de nossos educadores – entendemos que todos educam pelo exemplo. Para saber mais detalhes sobre esse processo acesse este link.